Um dia depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) ser alvo de críticas em protestos de rua favoráveis ao governo de Jair Bolsonaro, ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e à Lava Jato,
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro mariliense Dias Toffoli, afirmou nesta segunda-feira que ele e seus colegas têm “couro” suficiente para suportar as manifestações negativas no país.
“Todos aqui têm couro suficiente para aguentar qualquer tipo de crítica ou pressão”, disse Toffoli questionado sobre a pressão em relação a julgamentos. O STF é alvo de críticas tanto dos defensores do governo Bolsonaro e do ministro Ségio Moro quanto dos militantes de esquerda e movimentos sociais que pedem a libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Temos uma crítica no sentido de não ser tão ofensiva, se amenizaram muito os ataques que havia ao Supremo, seja nas redes sociais, seja nos movimentos de rua”, disse o presidente do STF. “Faz parte da democracia”.
O ministro negou qualquer postergação de ações que envolvam Lula. “Os casos [sobre Lula] que vierem vão ser julgados”, disse Toffoli. “A questão se vai ser solto ou não vai ser solto, essa não é uma questão que está colocada na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF), essa é uma questão que vai ser definida no caso concreto”, acrescentou.
Segunda instância
Um dos temas a serem julgados pelo Supremo e que pode ter impacto na situação de Lula é a prisão após condenação em segunda instância da Justiça, que pode vir a ser analisada ainda neste ano, confirmou Toffoli.
O assunto não consta na agenda prévia do segundo semestre, divulgada pelo Supremo, mas segundo Toffoli, “há janelas” em que o julgamento pode ser encaixado.
“A princípio não. Por enquanto não tem, mas há janelas colocadas. É possível, é possível”, disse ao ser indagado sobre a probabilidade de o tema ser analisado ainda este ano.