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Educação confirma estudo para municipalizar escola; mães acusam transtornos

Educação confirma estudo para municipalizar escola; mães acusam transtornos

A Secretaria Municipal de Educação e a Direção de Ensino de Marília admitiram em encontro com pais de alunos nesta quinta-feira projetos para a municipalização da escola estadual Maria Izabel Sampaio Vidal, uma das mais antigas da cidade, que pode provocar a transferência de até 300 alunos além de profissionais da rede estadual.

O encontro aconteceu na sede da escola e foi provocado por uma mobilização de mães divulgada com exclusividade pelo Giro Marília nesta quarta. O movimento tirou do armário um estudo que tanto a prefeitura quanto a Educação estadual negam há meses.

As mães condenam a medida por falta de opções próximas em escola para os filhos. Alunos a partir da 6ª série teriam que se transferidos para escolas com pelo menos 8km de distância. Para alunos da zona rural a distância é ainda maior. Representa mexer com horários, segurança, comodidade e bem-estar de diversos alunos

Participaram da reunião representantes da diretoria de ensino e o secretário municipal da educação, Helter Bochi, com assessores. Os dirigentes afirmaram às mães que ainda não está formalizado o processo de municipalização, ao mesmo tempo em que adiantaram estudos que podem indicar processo já a partir de 2020.

A Prefeitura informou ao Giro que não haverá manifestações oficiais sobre o caso “por estar na fase de estudos e conversa com pais”. Em uma consulta feita em junho deste ano a administração informou que não havia estudos a respeito.

Segundo mães ouvidas nesta quinta, os dirigentes destacaram a qualidade de ensino da rede municipal, que nunca foi questionada pelo movimento das mães. A preocupação é logística e de qualidade de vida com transferência dos estudantes, o que inclui alunos da zona rural.

O encontro indicou que as alternativas existentes hoje para mudança de estudantes pode levar a uma viagem de até oito quilômetros. Além da estrutura de transporte, os pais manifestaram preocupação com o tempo.

“A que horas um aluno da zona rural vai ter que sair de casa para chegar até a escola?”, questionou uma mãe

A discussão deve reforçar pressão para que o governo do estado construa nova escola na região. Há um terreno que seria destinado a essa unidade no bairro Trieste Cavichioli, mas sem indicação de aproveitamento da área.

As mães também estudam medidas judiciais e mobilização política com mensagens a deputados e outras autoridades da cidade para que intervenham no processo.