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Presos são mortos durante transferência após massacre no Pará

Presos são mortos durante transferência após massacre no Pará

A Secretaria de Segurança do Pará confirmou a morte de quatro presos assassinados por enforcamento durante uma viagem de transferência após massacre de presidiários em Altamira. As mortes aconteceram em um caminhão de transporte da secretaria com quatro celas coletivas.

As mortes elevam para 62 o número de detentos mortos no conflito. É o segundo maior massacre de presos no país depois das 11 mortes oficiais no Carandiru, em 1992.

Os mortos estavam entre os envolvidos na briga entre facções que resultou no massacre. Eram levados algemados e estavam em duas das celas. Seriam da mesma facção e ocupavam a mesma cela no Centro de Recuperação Regional de Altamira.

Havia mais 26 presos no veículo, que agora estão em isolamento em Belém, que recebeu 21 outros detentos transferidos após o massacre. Entre eles estão 16 apontados como líderes das facções, que serão levados para o regime federal.

O confronto aconteceu na segunda-feira, depois que líderes do Comando Classe A (CCA) incendiaram cela onde estavam internos do Comando Vermelho (CV). Morreram 41 detentos asfixiados e 16 foram decapitados. Na terça, mais um corpo foi encontrado carbonizado.

Um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aponta superlotação e péssimas condições no presídio. No dia do massacre, havia 311 presos para prédio com capacidade para 200 detentos. Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Pará, 145 ainda aguardavam julgamento e não estão condenados