Marília

HC corta repasses para ensino e ameaça salários na Famema; governo adia solução

HC corta repasses para ensino e ameaça salários na Famema; governo adia solução

A superintendência do HC-Famema inicia neste mês corte de repasses de recursos do SUS (Sistema Único de Saúde) que são usados no pagamento de salários e benefícios da estrutura de ensino do Complexo Famema.

A decisão foi anunciada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, responsável pela Famema, em agosto deste ano e divulgada hoje com a circulação de documentos em redes sociais.

Os cortes vão atingir diferentes setores das áreas ligadas ao ensino no complexo Famema e serão feitos mês a mês até chegar aos salários de funcionários.

A medida é reusltado de meses de negociação sem qualquer solução do governo do Estado e encerra um longo debate interno sobre o uso dos recursos. Não há dados de trabalhadores a serem atingidos. O diretor-presidente da Famema, Valdeir Fagundes de Queiroz, está em viagem a Brasília e não pode ser encontrado para falar sobre o caso.

É o capítulo mais grave em processo iniciado em março deste ano com uma discussão interna e junto a órgãos do governo estadual para criar novo modelo de repasses que permita manter pagamentos sem ameaças de cortes.

A solução é uma nova linha de repasses estaduais, que ainda estaria em análise dos órgãos técnicos da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, responsável pela Famema.

Em maio, uma reunião em São Paulo teria definido que a Secretaria iria definir o formato de novos convênios e repasses para reorganização dos pagamentos.

Os repasses envolvem pagamentos de pessoal, encargos e benefícios da Famar e Fumes – não optantes e folha complementar – Fumes optantes e outros.

“Porém, surgiram alguns contratempos que não podem de maneira alguma ser adiados sob pena de fechamento dos leitos aos usuários do Sistema único de Saúde”, diz o ofício da superintendente. Segundo o documento, há risco de suspensão de cirurgias eletivas.

O ofício destaca investigações do Ministério Público sobre as condições de atendimento, sindicância do Conselho Regional de Medicina e até a ação civil para suspensão de comissionados da Fumes.

Veja abaixo o cronograma de corte para repasses