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Bispos do PR alertam sobre despejos de assentados; região tem caso na Justiça

Bispos do PR alertam sobre despejos de assentados; região tem caso na Justiça

Uma nota oficial divulgada pela regional da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) no Paraná fazem um alerta sobre o impacto de despejos de famílias de trabalhadores sem-terra em assentamentos do Estado.

A carta foi divulgada três dias após o último despejo, promovido em Laranjal. Segundo o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) foi o sétimo caso do ano. Desde maio deste ano, 457 famílias foram atingidas.

Além de demonstrar preocupação, os bispos pedem que o Tribunal de Justiça do Paraná implante uma vara específica para trará de conflitos fundiários.

“Não escrevemos motivados por qualquer forma de partidarização. Baseamo-nos na doutrina que professamos”, diz o documento. “No Estado do Paraná contam-se, nesta situação, cerca de 7 mil famílias, o que representa 25 mil pessoas: homens, mulheres, idosos, adolescentes, crianças e pessoas com deficiência”, destacam.

A carta aponta ainda os sucessivos mandados de desocupação e a “morosidade dos processos políticos e jurídicos, quanto à regularização e uso da terra onde vivem” as famílias. Acesse a íntegra do documento.

A discussão sobre assentamentos chega à região. O Assentamento Luiz Beltrame, em Gália, é alvo de uma ação de desocupação que já provocou julgamento de reintegração de posse e ameaça pelo menos 17 famílias de assentados que ocupam o espaço há seis anos.

O caso está em discussão na Justiça Federal de Bauru e envolve a devolução aos proprietários de uma das duas fazendas envolvidas na formação do assentamento.