A greve dos funcionários do Complexo Famema vai entrar em seu terceiro dia nesta quarta-feira e uma assembleia realizada na tarde desta terça aprovou não só continuidade do protesto como a organização de uma passeata, a ser realizada na quinta-feira, a partir de 8h30, para divulgar a crise na instituição.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Saúde, 20% dos funcionários estão parados, o que representa perto de 400 trabalhadores. O número é considerado bom, segundo o sindicalista Aristeu Carriel.
“É um número que mostra a força da greve e ao mesmo tempo mostra que a categoria mantém todos os serviços funcionando. São setores que não para pensar mesmo em paralisação de altos índices e que leve prejuízo aos pacientes”, disse.
Aristeu disse que o atendimento está mantido, a urgência funciona sem problemas mas que a mobilização dos grevistas na porta do hospital e de outras unidades mostra à população que há uma crise.
Os grevistas aprovaram também a criação de grupos para organizar as atividades, como manifestações, agenda de atividades, reuniões com outros segmentos, organização das escolas e outras medidas de gestão do protesto.
“O atendimento é feito, o que falta é aquilo que falta no dia-a-dia, por deficiência de funcionários, por equipamentos quebrados, falta muita coisa, sempre faltou.”
O Sindicato divulgou ainda que aguarda nova proposta da direção da Famema e do governo do Estado, responsável pelas duas autarquias que administram o complexo no atendimento em saúde e educação.
“Até agora não veio proposta, não chamaram para negociar. A categoria está firma e entendeu que a negociação como vinha sendo feita não vai resolver e vão passar mais uma data base sem reajuste.”