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DPVAT indenizou quase dez mil crianças e adolescentes por acidentes em 2019

DPVAT indenizou quase dez mil crianças e adolescentes por acidentes em 2019

Levantamento da ONG Criança Segura mostra que até setembro deste ano, 9.865 crianças e adolescentes de 0 a 17 anos foram indenizados em função de acidentes durante o tráfego de veículos em todo o país, ou seja, uma média de 36 vítimas por dia. Os dados fora levantados a partir de pagamentos do seguro DPVAT e mostram que a maioria ficou com algum tipo de sequela permanente após o acidente: cerca de 70% (ou 6.933) das indenizações foram pagas por invalidez.

A cobertura de reembolso de despesas médicas e suplementares foi a que registrou o segundo maior número de pagamentos de indenização. De janeiro a setembro, foram 1.471 sinistros. E mais 1.461 casos de indenizações pagas por mortes no trânsito.

Além do elevado número de crianças e adolescentes com alguma invalidez permanente, os dados chamam atenção para um alto índice de atropelamentos, já que a maioria dos acidentados estava na condição de pedestre no momento do sinistro, concentrando 58% dos pagamentos. Ainda assim, as estatísticas envolvendo passageiros são elevadas.

As crianças que estavam dentro do veículo durante a ocorrência concentraram cerca de 42% das indenizações pagas. O percentual indica um quantitativo de 4.125 pagamentos para a faixa etária.

As estatísticas por tipo de veículo mostram que as motocicletas são as principais responsáveis pelos acidentes. De janeiro a setembro, foram pagas mais de 5 mil indenizações por ocorrências envolvendo o veículo de duas rodas. Os automóveis ocupam a segunda posição, concentrando 3.461 sinistros. Os caminhões e pick-ups aparecem na sequência, com 572 pagamentos. Já os ônibus, micro-ônibus e vans, e os ciclomotores apresentam 345 e 49 seguros, respectivamente.

Entre os estados com mais sinistros pagos, Minas Gerais se destaca, com mais de mil indenizações pagas a crianças envolvidas em acidentes de trânsito. Na sequência, estão São Paulo (985), Ceará (717), Paraná (626) e Maranhão (588). Distrito Federal (47), Acre (45) e Amapá (23), no entanto, registraram as estatísticas mais baixas.