Poema piegas.

Sentei e procurei escrever um texto para te eliminar da minha vida, das minhas entranhas.

Consegui, até certo ponto, falar do silêncio que você me obrigou aceitar.

Contei para o meu travesseiro através das lágrimas todas as palavras dolorosas que você me obrigou a ouvir.

Aquele dia eu deixei de te conhecer, naquele dia vi um estranho.

Procurei o homem que amei e que nunca teria zombado da minha dor e dificuldade.

Ou ele nunca existiu ou morreu no meio do caminho.

Você disse tudo que nunca foi.

Inventou histórias de outro amor.

Jogou silêncios nas minhas palavras.

Desdisse minhas palavras, inventou meus sentimentos.

Criou um mundo seu e mentiu sobre o nosso.

O homem que falou comigo nunca conheci.

O meu amor morreu e eu nem sei onde ele foi enterrado.

Esse homem estranho eu nunca quis conhecer, esse homem estranho era você.

Eu nunca amei o homem conhecido, eu beijava o estranho.

Eu amei o errado.

Ontem você apareceu para lembrar que eu preciso te esquecer.

Ontem você apareceu para lembrar que foi um desperdício te amar.

Foi ontem…