O serviço de abrigo e captura de animais em Marília resgatou nesta final de semana um animal com sinais de maus tratos após denúncia e duas vistorias no local.
O resgate foi acompanhado pela Polícia Ambiental e a proprietária do animal foi autuada por maus tratos.
Segundo o relato divulgado pela empresa BG Zangrossi, responsável pelo serviços, na primeira vistoria o laudo da veterinária indicou ferimentos leves, magreza e quadro “regular” – um nível intermediário – de bem-estar.
Segundo a empresa, foi seguido um protocolo oficial com liberação do animal seguida de recomendações de cuidados. “A proprietária se responsabilizou pelo animal, e o mesmo se levantou e foi pastar.”, diz um comunicado divulgado pela empresa.
Ainda de acordo com a empresa, no dia seguinte houve nova vistoria, especialmente por falta de contato com a proprietária. Desta vez o animal foi encontrado deitado e com quadro mais grave. “Então fizemos a recolha e prosseguimos com a autuação juntamente com a polícia ambiental, de maus tratos.”
O comunicado da empresa indica que o animal começou a reagir ao tratamento e está clinicamente estável. Veja abaixo a integra da mensagem divulgada pela empresa
“Sexta feira, dia 07 de dezembro, recebemos uma ocorrência de um animal caído em via pública.
Fomos averiguar, onde a proprietária se responsabilizou pelo animal, e o mesmo se levantou e foi pastar.
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Um pouco mais tarde, foi solicitado a nossa presença pela Polícia Ambiental, na situação de maus tratos. Nossa Médica Veterinária foi até o local, onde avaliou clinicamente o animal, que estava com parâmetros normais, porém alguns ferimentos leves e magreza.
Em toda situação de maus tratos, os médicos veterinários para realmente laudar, se baseiam no PPBEA, segue texto explicativo publicado pelo CRMV-SP
“O objetivo foi desenvolver e aplicar um novo protocolo para diagnóstico de bem-estar animal em casos de suspeitas de maus-tratos. O Protocolo de Perícia em Bem-estar Animal (PPBEA) é composto por quatro conjuntos de indicadores: nutricionais, de conforto, de saúde e comportamentais, os quais devem ser classificados em inadequados, regulares e adequados. As decisões finais para cada conjunto de indicadores são agregadas em um único resultado, por meio de integração simplificada para inclusão em cada um dos cinco graus de bem-estar: muito baixo, baixo, regular, alto e muito alto. Graus de bem-estar muito baixo e baixo são considerados inaceitáveis e devem ser descritos como maus-tratos. Grau de bem-estar regular é considerado aceitável se medidas corretivas forem asseguradas. Graus de bem-estar alto e muito alto são considerados desejáveis.”
No caso desse animal, foi considerado regular, e exigido medidas corretivas para a proprietária que se propôs a tratar o animal.
No dia seguinte, conforme o firmado, a nossa médica veterinária não conseguiu contato com a proprietária e foi até o local averiguar o animal onde o mesmo estava deitado, mais debilitado do que na primeira avaliação.
Então fizemos a recolha e prosseguimos com a autuação juntamente com a polícia ambiental, de maus tratos.
O animal se encontra em tratamento, e clinicamente estável. Com o tempo, todo o tratamento e suplementação ela ganhará peso, e vamos mostrando á todos por aqui a evolução dessa menina!!”
