As placas de sinalização estão lá, a regulamentação também, mas sem clareza sobre pontos de vendas de cartelas e fiscalização, a existência da zona azul cria confusão entre motoristas e medo de multas. A Emdurb admite impasses no setor mas prevê normalização em 2020 com processo para terceirizar serviço.
Após queixa de motoristas, o presidente da Emdurb, Valdeci Fogaça, disse que a legislação prevê as multas mas que a proposta de venda de cartelas em parceria com a Acim (Associação Comercial e Industrial de Marília), lançada em 2018, não atingiu o número de pontos de vendas esperado. Assim, a fiscalização ficou comprometida, sem possibilidade de multas e garantia de rotatividade no número de vagas na região coberta pelo serviço.
“Muitas ruas ficaram sem pontos de vendas e então não poderíamos fazer as autuações. Mas o edital para o processo de zona azul digitalizada está em fase final, logo devemos lançar”, disse Fogaça.
O dirigente afirmou que em tese poderia haver multas nas ruas onde existem pontos de vendas, mas não há relação atualizada e clara sobre estes pontos.
“A Acim apoia este projeto, estamos apoiando e acompanhando mas depende essencialmente dos serviços públicos, da Emdurb. Esperamos que seja implantado o mais rápido possível e de forma eletrônica”, disse o superintendente da Acim, José Augusto Gomes.
O projeto da Emdurb para o serviço prevê cadastro digital dos veículos e compra de créditos, de forma pré-paga para uso eventual ou mesmo cartão a ser carregado em postos de venda.
A empresa responsável deve implantar escritório central com supervisor, dois coordenadores e 25 monitores nas ruas. Agentes da Emdurb e Polícia Militar farão a fiscalização do sistema.
Prevê ainda instalação por fases. Primeiro na tradicional área já coberta no centro da cidade, um quadrilátero formado entre as ruas Catanduva e Coronel Galdino e as avenidas Sampaio Vidal e Santo Antonio. Novas fases atingiam regiões da Esmeraldas, HC e Fórum.
O estudo indica previsão de 256 horas de operação do sistema, em 26 dias de cada mês considerando os sábados, e operação das 8h às 18h de segunda a sexta e das 8h às 13h aos sábados. Calcula uma tarifa inicial de R$ 2 por uma hora de uso da vaga.
Seriam 1151 vagas na área inicial, com previsão de 70% de ocupação e faturamento na faixa de 402 mil. Com ampliação o sistema pode chegar a 2198 vagas com previsão de R$ 769.300 de receita mensal.