Ainda não se sabe ao certo o que causou a queda do avião da Ukranian Airlines no Irã, na última quarta-feira, porém países como Estados Unidos, Austrália, Canadá e Reino Unido apontam que um míssil lançado pelo Irã teria atingido a aeronave. Para os EUA, sistemas de defesa iranianos teriam disparado o míssil por engano. A tragédia deixou 176 mortos.
O Irã nega essas acusações e se ofereceu para participar das apurações internacionais. Outras nações também estão se mobilizando para auxiliar na busca por explicações, entre eles a França e a Ucrânia, além dos já mencionados.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, vai discutir as circunstâncias da queda do avião com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo. Os dois têm conversa marcada para esta sexta-feira (10).
Zelensky reafirmou, nesta manhã, que é possível que o aparelho tenha sido abatido por um míssil. No entanto, o chefe de Estado lembra que essa hipótese ainda não está totalmente confirmada. Na França, o ministro dos Negócios Estrangeiros diz que está disponível para colaborar na investigação das causas da queda do avião.
Quanto ao programa nuclear iraniano, Jean-Ives Le Drian, deixa, esta manhã, um alerta sério: se Teerã continuar a violar os termos do acordo, daqui a um ou dois anos, poderá desenvolver uma bomba nuclear. Para discutir o conflito Irã-Estados Unidos, está marcada para esta sexta-feira, em Bruxelas, um Conselho Extraordinário dos chefes da diplomacia europeia.
Estados Unidos
A Administração para a Segurança dos Transportes dos Estados Unidos diz que já recebeu convite do Irã para participar da investigação sobre a queda do avião ucraniano. Também a construtora norte-americana Boeing foi convidada a participar da investigação, diz a agência de notícias estatal iraniana Irna.
Citado pela Reuters, o representante do Irã na Organização Internacional de Aviação Civil, informa que a agência norte-americana vai enviar representante. Nas últimas horas, representantes dos EUA e do Canadá levantaram a suspeita de que o avião tenha sido atingido inadvertidamente por um míssil, teoria que logo contou com a adesão de outras potências mundiais.