O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) começou em Bauru a segunda fase da Operação João de Barro com oitiva de testemunhas sobre um esquema de fraudes com desvio e lavagem de dinheiro na Cohab (Companhia de Habitação) do município.
Funcionários, pessoas ligadas à Cohab e às construtoras que têm os contratos investigados devem ser ouvidos para esclarecer pagamentos e serviços realizados. Além disso, o Gaeco vai promover a análise de documentos e materiais digitais apreendidos no final do ano passado.
A operação já apreendeu R$ 1,6 milhão na casa de um ex-presidente da companhia e vai ouvir funcionários para tentar esclarecer irregularidades em contratos com construtoras.
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As investigações do Gaeco estão concentradas em quatro construtoras que fizeram contratos com a Cohab. Em um dos casos, a companhia devia uma nota promissória no valor de R$ 198 mil, que foi quitada com um imóvel avaliado em quase R$ 2 milhões. Esse e outros contratos apresentam irregularidades que serão investigadas, o que pode aumentar significativamente a quantia de dinheiro desviada.
Segundo as autoridades, muitos acordos entre a Cohab e as empresas foram bastantes favoráveis às construtoras. Além do Ministério Público, a operação conta com o apoio da Polícia Militar e da Federal.
No fim do ano passado, a Prefeitura de Bauru anunciou que vai extinguir a Cohab. A medida foi anunciada depois que o Gaeco começou as investigações. O ex-presidente da companhia, com quem foi encontrada a grande quantia de dinheiro apreendida, pediu afastamento depois da ação ser movida pelos promotores. Os novos dirigentes que assumiram a Cohab serão responsáveis pelo processo de extinção, que deve durar de 12 a 18 meses. As informações são do portal G1.
