Chamou atenção a euforia do treinador do Botafogo, Alberto Valentim, após a vitória de 1 a 0 contra o Vasco, neste domingo (2), no Estádio Nilton Santos. “Comemoração de alegria, ganhar um clássico nos minutos finais”, justificou.
Com o triunfo no clássico, o Glorioso ainda tem chances de chegar às semifinais da Taça Guanabara. Mas antes do próximo compromisso pelo Campeonato Carioca, contra o Fluminense no domingo (9), o Alvinegro vai ao Rio Grande do Sul jogar pela Copa do Brasil nesta quarta-feira (5). “A comissão técnica já começa hoje a pensar, a estudar e assistir ao Caxias, para quena terça-feira já passemos tudo para os jogadores. E foco total na Copa do Brasil”.
Fora de campo, o Juiz da 4ª Vara doTrabalho do Rio de Janeiro, Bruno Manzini, considerou a criação do clube-empresa como uma tentativa de o clube alvinegro evitar o pagamento de dívidas trabalhistas ao envolver o Estádio Nilton Santos. Para o magistrado, os débitos trabalhistas podem ser quitados com a renda dos jogos no Engenhão e suspendeu as votações que aprovaram a cessão dos direitos do estádio.
A decisão do juiz deriva de um processo do ex-jogador Reinaldo. O atleta defendeu o Botafogo em 2009 e cobra R$ 2 milhões da equipe carioca.
Confira abaixo a nota oficial publicada pelo Botafogo na tarde de hoje (3):
O Botafogo de Futebol e Regatas recebe com surpresa recente matéria, veiculada em mídia, acerca de decisão proferida há mais de um mês pelo MM. Juízo da 4ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. Referido Juízo determinou a suspensão da decisão da Assembleia Geral Extraordinária do Clube, que autorizou o Presidente a seguir nos passos visando à formatação do Clube Empresa. O BFR, inobstante a suas já conhecidas dificuldades financeiras, que inclusive geraram o estímulo para o estudo do novo tipo societário, preza pelas relações jurídicas com seus credores.
Ao contrário do afirmado na Decisão Judicial, o projeto de clube empresa objetiva justamente o pagamento a todos os credores do BFR.
Além disto, o Botafogo tem plena ciência das limitações impostas pela celebração do contrato de concessão do Estádio Nilton Santos entre a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e a Companhia Botafogo. A Assembleia Geral extraordinária apenas autorizou o Presidente do BFR a buscar alternativas que permitam o USO do Estádio pela nova empresa. É importante destacar que o Estádio, patrimônio público do Município, já foi utilizado diversas vezes pelos demais clubes do Rio e por outra entidades, sem que se caracterizasse qualquer afronta ao contrato de concessão.
O BFR não pode no entanto deixar de destacar o inconformismo com uma decisão proferida por um Juiz Trabalhista que adentra em aspectos de Direito Administrativo e Societário, que não são de sua competência, já tendo inclusive referido magistrado sofrido Reclamação Correicional ajuizada pelo BFR em ocasião anterior.
O Botafogo acatará, assim como acata, qualquer decisão judicial, e se resguarda o direito de utilizar dos meios jurídicos cabíveis visando sua reforma. Neste ínterim, o projeto não sofrerá nenhuma alteração em seu curso, sendo certo que, ao final, dependendo do desfecho judicial será, como já era previsto, submetido novamente as instâncias do clube para aprovação.
*Texto atualizado às 16h para acréscimo de informações.