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Coronavírus: risco de chegada ao Brasil é 'baixo', diz Ministério da Saúde

Coronavírus: risco de chegada ao Brasil é 'baixo', diz Ministério da Saúde


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RIO — O Secretário em Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, classificou como “baixo” o risco de o coronavírus chegar ao Brasil, em entrevista coletiva realizada na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta sexta-feira.

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Algumas opções para fortalecer a imunidade e fugir do coronavírus são a ozonioterapia e a soroterapia

— A OMS classifica o risco global como alto. No entanto, a avaliação de risco é diária. Com base no número de casos na China, a velocidade da expansão, o número de casos novos em outros países, que não está aumentando, fica difícil comparar nosso risco com o dos outros países — disse ele.

Para ele, o fato de o Brasil não dispor de voos diretos para a China reduz a ameaça de epidemia de coronavírus , assim como as providências que a China está tomando para conter a propagação.

— Também há o fato de que o coronavírus, embora novo, é mais conhecido hoje do que há duas semanas — completou Wanderson.

Para Nisia Trindade, presidente da Fiocruz, não se pode “subestimar nem superestimar” a ameaça do novo coronavírus.

— Vivemos um tempo de interdependência sanitária — disse Nisia, que participará de um fórum promovido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o compartilhamento de informações sobre a epidemia na semana que vem. — Dependemos das informações que os outros países nos enviam para avaliar o tamanho do risco.

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Wanderson informou que, no Brasil, o tempo de identificação do coronavírus em uma amostra é de 7 dias — uma velocidade “muito grande”, disse ele. O diagnóstico laboratorial em si demora apenas um dia ou menos. A demora adicional se deve à logística de transporte das amostras para as instituições especializadas nos diagnósticos do novo coronavírus, que são três em todo o Brasil: o Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém do Pará, o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, e a Fiocruz.

Ao GLOBO, Wanderson disse que o Brasil já negocia com a China a importação de um teste rápido que está em fase de desenvolvimento. Segundo ele, o método conseguiria confirmar ou descartar o diagnóstico de coronavírus em apenas algumas horas. Se aprovado, esse tipo de teste começar a ser produzido em maior escala até o início de março.

— A empresa chinesa que desenvolve o teste já esteve em contato com o governo brasileiro — revelou Wanderson.

A Fiocruz comandou um programa de capacitação para o diagnóstico do novo coronavírus do qual participaram nove países das Américas: Colômbia, Uruguai, Argentina, Panamá, Bolívia, Chile, Equador, Paraguai e Peru.

Nesta sexta-feira, Wanderson e Nisia estiveram na sede da fundação para participar da cerimônia de encerramento do programa. O treinamento teve duração de dois dias e foi realizado a pedido da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), cuja representante, Socorro Gross, também esteve presente no evento.

Socorro informou que não tem maiores informações sobre o primeiro caso latinoamericano, que foi confirmado ontem: o do navegante argentino que está isolado no cruzeiro que atracou na costa do Japão. Mas destacou que a OPAS acompanha todas as suspeitas que surgem dentro do território da América Latina.

— A China está compartilhando muito rápido as informações. É a primeira vez na história que temos informação perita de maneira tão rápida — diz ela.

Como o novo coronavírus é um patógeno desconhecido dos infectologistas e virologistas, ainda não se pode saber se ele já teve seu pico de contágio, disse ainda Wanderson. No entanto, a previsão é de que a propagação se reduza em breve.

— Embora o vírus ainda esteja em fase de expansão, temos uma expectativa de inflexão da curva depois do fim de fevereiro — completa.

*Estagiário, sob orientação de Marco Aurélio Canônico

Fonte: IG SAÚDE