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Morre cineasta José Mojica Marins, o Zé Caixão, aos 83 anos

Morre cineasta José Mojica Marins, o Zé Caixão, aos 83 anos

O cineasta paulistano José Mojica Marins, 83 anos, conhecido em todo o país pelo personagem Zé do Caixão, faleceu nesta quarta-feira em virtude de uma broncopneumonia.

Marginalizado no circuito cultural do país durante anos por seus filmes de terror, Mojica virou personalidade cult depois que as produções ganharam visibilidade e passaram a influenciar produções nos Estados Unidos.

Viveu Zé do Caixão, nome criado no filme como apelido do coveiro Joselei Zanatas, a partir de “À meia-noite levarei sua alma”, de 1964, que ganhou uma segunda produção – “Esta noite encarnarei no ter cadáver” com 600 mil ingressos vendidos nos dois trabalhos.

Redescoberto, influenciou novos cineastas no país, como Marcelo Colaiacovo, produtor do longa “Pé de Veludo, o bandido Santo, sobre a história do mais famosos criminoso de Marília, que contou com a

Mojica disse ter descoberto a vocação para os filmes de terro durante um pesadelo em 1963, aos 27 anos. Enfrentou a censura e a ditadura em outras produções. “Encarnação do demônio”, que formaria uma trilogia sobre o surgimento do personagem, em 1967, e só foi concluído em 2006, com Jece Valadão em seu último trabalho no cinema.

Também sofreu com censores em “Ritual dos sádicos” (1969), também chamado de “O despertar da Besta”, e “Finis hominis”, de 1971.

Mojica se manteve na ativa até 2015 na produção de curtas e projetos ao lado de outros cineastas como a coletânea As Fábulas Negras, seu último trabalho. Deixa esposa e filha.