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Tiro em pescoço de miliciano partiu de baixo para cima, diz perito

Tiro em pescoço de miliciano partiu de baixo para cima, diz perito


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Reprodução / Polícia Civil
Adriano Nóbrega morreu durante um confronto com a polícia no último domingo (9).

A diretora do departamento de Polícia Técnica e Científica do Rio, delegada Nadia Abraão, informou que começou, na tarde desta quinta-feira (20), a necrópsia no corpo do ex-PM Adriano da Nóbrega. O novo exame cadavérico foi realizado no Instituto Médico Legal ( IML ) do Rio de Janeiro. O exame complementar da necrópsia atende a pedidos das Justiças da Bahia e do Rio. Além da equipe do IML do Rio, assistentes técnicos do MP da Bahia, advogados da família e perito particular participaram do processo.

Segundo o perito Francisco Miguel Moraes, que foi diretor do IML do Paraná, contratado pela família de Adriano, ele fará um parecer em cima do laudo da necrópsia. O processo pode levar até 15 dias.

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De acordo com Moraes, existem pontos no laudo da Bahia que podem ser esclarecidos, como o orifício de entrada do tiro que atingiu Adriano, o que, segundo o perito, chama-se de “tiro encostado”. Essa primeira análise do perito é baseada em uma fotografia publicada pela Veja. Apesar do estado de putrefação do corpo, ele acredita que a perícia não será comprometida.

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“Muita coisa não poderia ter sido feita como foi. Um dos protocolos de polícia mundo todo é esperar até a exaustão para que o indivíduo seja preso.” Ainda segundo o perito, tudo está sendo fotografado. Peritos designados pelo Ministério Público da Bahia e do Rio participaram da necrópsia .

Depois de ter contato com corpo de Adriano, o perito Francisco Miguel disse que o “tiro encostado” trata-se de uma marca de queimadura. “Encostou a boca da arma, mas não atirou”. Questionado se o atirador queria ver se Adriano estava vivo, o perito apenas disse: “Não sei, pode ser”. Quanto ao tiro do pescoço do miliciano, ele disse que foi ascendente, de baixo para cima.