A Chevrolet tem uma história de sucesso na categoria dos carros médios no Brasil. Lançado em 1982, o Monza foi sucesso absoluto de vendas na categoria dos sedãs, assegurando por três anos (entre 1984 e 1986) o título de carro mais vendido do país. O modelo foi vendido até 1996, com mais de 850 mil emplacamentos.
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Substituir um best-seller exige uma manobra de mestre, e esse foi o caso da Chevrolet em meados dos anos 90. Já sabendo que o Monza estava defasado, a GM apostou no design alemão do Vectra , modelo lançado no Brasil em sua primeira geração em 1993.
A primeira geração
Antes de chegar ao Brasil, o Vectra já existia há certo tempo na Europa. Nessa época, a GM apostava em novas nomenclaturas para seus veículos. O nome Vectra surge da palavra “vetor”, em inglês, e tinha a intenção de remeter ao dinamismo e modernidade.
O Vectra A veio para substituir o Monza, mas chegou a conviver com seu antecessor por três anos no mercado brasileiro. Ele inicialmente foi vendido nas versões GLS, CD e a esportiva GSI.
O motor das duas primeiras versões era 2.0, de 8 válvulas, entregando 116 cv de potência e 17,3 kgfm de torque – números honestos para a época. Com câmbio manual de cinco marchas, o Vectra CD era capaz de atingir 100 km/h em 11 segundos. Já o modelo GSI tinha motor 2.0, 16V, importado, rendendo 150 cv e 20 kgfm de torque. Este era um verdadeiro canhão, acelerando de 0 a 100 km/h em 8,5 segundos. Considerando os padrões de 1994, os números são dignos de aplausos.
O melhor Vectra
Não é exagero dizer que a segunda geração do Vectra está entre os veículos mais emblemáticos que a GM já vendeu no Brasil. Enquanto sua primeira geração demorou consideravelmente para chegar, a marca lançou o Vectra B no Brasil apenas um ano após sua apresentação oficial no Salão de Frankfurt (Alemanha), de 1995.
O modelo cresceu em todas as suas proporções, ganhando linhas mais arredondadas e dinâmicas. Ele trazia algumas soluções exclusivas, como os retrovisores externos que mantinham uma continuidade com o capô. Há quem diga, até hoje, que o modelo permanece moderno, mesmo para os padrões de 2020.
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Assim como a versão anterior, o Vectra B disponibilizou dois motores 2.0, de 8 e 16 válvulas. Os modelos GL e GLS entregavam 110 cv de potência e 17,7 kgfm de torque, apenas com câmbio manual de cinco marchas. Já o CD, topo de linha, desenvolvia 141 cv de potência e 19,6 kgfm de torque, acelerando de 0 a 100 km/h em 10 segundos. Em 1998, surgiu o motor 2.2, 8v, de 123 cv de potência e 19,4 kgfm de torque, com câmbio automático de quatro marchas. Entre 1996 e 2005, o Vectra B emplacou mais de 300 mil unidades.
A terceira geração
Apresentado em 2005, a terceira geração do Vectra não empolgou à primeira vista. Tratava-se de uma versão mais luxuosa do Astra europeu, e tinha alguns retrocessos na comparação com o modelo anterior. A suspensão traseira multibraço, por exemplo, deu lugar ao conjunto com eixo de torção.
Mas o modelo não deixava de ter muitas qualidades. O acabamento, por exemplo, foi muito elogiado, com painel e portas revestidos por materiais macios e de boa qualidade. A versão Elite, topo de linha, tinha até inserções de imitação de madeira. Foi nessa geração que também tivemos as versões hatchback, GT e GT-X.
As versões Elegance e Expression contavam com motor 2.0, de 127 cv e 19,6 kgfm de torque, com câmbio manual de cinco marchas ou automático de quatro. Já o modelo Elite tinha motor 2.4, de 150 cv de potência e 23,7 kgfm de torque, sempre com câmbio automático de quatro e aceleração até 100 km/h na casa dos dez segundos.
Legado
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O Vectra durou até 2011, quando foi descontinuado para dar lugar à primeira geração do Cruze . O modelo novo foi muito criticado pela simplicidade, mas vendeu consideravelmente por estrear uma nova linguagem de design na Chevrolet. As coisas melhoraram com a segunda geração, ainda que o acabamento interno fosse inferior a todas as gerações do Vectra lançadas anteriormente. Sinônimo de modernidade, o Vectra estará sempre nos corações dos fãs espalhados pelo Brasil. Já teve um? Comente sobre sua experiência abaixo.