O Condomínio Marrocos Residenciais Casablanca, na zona oeste de Marília, protocolou na justiça uma ação com pedido de indenização e valor inicial de R$ 45.144 para que a prefeitura pague danos materiais um ano após inundação que atingiu diversos espaços do residencial em 2019.
A ação é acompanhada por um laudo de perito que aponta responsabilidade da prefeitura no controle da estrutura de escoamento da chuva. A água derrubou parte do muro, invadiu apartamentos, arrastou motos e um carro.
Segundo síndico do condomínio, Alexandre Costa, o caso já provocou outras ações individuais de moradores para cobrança de danos matérias e morais provocados pela inundação.
A inundação também provocou dois inquéritos civis no Ministério Público com indicações de responsabilidade concorrente da prefeitura e da MRV, construtora responsável pela obra, que deve ser alvo de outra ação do condomínio.
“Por força dessas investigações do Ministério Público já foram produzidos alguns laudos que estão todos conosco e vão servir para embasar novas medidas judiciais. Eu tive que tirar R$ 45 mil dos cofres do condomínio para refazer obra por um problema que poderia ter sido evitado”, disse o síndico.
Alexandre Costa afirmou que as discussões sobre a inundação já indicaram a necessidade de uma nova obra, que inclusive teria que passar por dentro do condomínio.
“Poderia ser feita por fora, mas criaria risco para outras residências já construídas com um novo problema ainda maior. Então a prefeitura afirmou que vai desenvolver o projeto, mas é uma obra que depende de licitação, teremos um prazo”, explica.
O síndico afirmou que a prefeitura já fez um serviço para ampliar a captação de enxurrada na rede de galerias já existente, mas o local já empoçou água em chuvas mais fortes. “Se me perguntar quanto de solução representou eu diria uns 20%.”
Em meio às discussões, o síndico diz ter recebido informações preocupantes, como a avaliação de que algumas obras de galerias previstas no projeto não foram executadas para aproveitar a rede existente e que parte das obras executadas foram subdimensionadas sem qualquer medida da prefeitura.
“Hoje nós ainda vivemos em uma situação de risco. Há trechos do condomínio em que você bate no muro e ele balança, é um absurdo”, afirmou.