Um pronunciamento do engenheiro Roberto Monteiro na Câmara de Marília para apresentar informações sobre a chamada Máfia dos Fiscais de obras na cidade atraiu alguns profissionais, poucos representantes da comunidade e apenas um dos 13 vereadores, Cícero do Ceasa, que presidiu o encontro.
Monteiro, ex-vereador e ex-secretário de Planejamento Urbano, usou o espaço oferecido pelo projeto Tribuna Livre, que dá a moradores da cidade a possibilidade de usar a tribuna da Câmara para apresentar manifestações sobre temas de interesse da cidade.
A baixa participação de vereadores em debates públicos fora das sessões tornou-se uma marca da legislatura neste ano.
Antes da Tribuna Livre, a população que acompanha o Legislativo já presenciou plenários quase vazios em momentos como audiência para apresentação de contas públicas e discussão sobre uso da Cannabis Medicinal.
NO encontro desta quinta, o engenheiro apresentou na tribuna informações que já haviam sido antecipadas pelo Giro Marília em uma entrevista na terça-feira. Acrescentou alguns dados, como a informação que já feito alertas à administração e foi ignorado e uma avaliação de que os fiscais montaram na prefeitura “o maior, não o melhor, mas o maior escritório de engenharia e arquitetura da cidade”.
Sem vereadores, não houve espaço nem possibilidade de debates sobre o tema, que já provocou a abertura de investigação na Corregedoria do Município e no Ministério Público.
Monteiro afirmou que o número de projetos assinados por alguns fiscais criam situações de peculato, com volume de obras em que seria “humanamente impossível” acompanhar, “valor aviltantes” e disse que os fiscais denunciados nas investigações usam o poder público e de fiscalização em benefício próprio.