Marília

Buzinaço movimenta centro, divide opiniões e leva debate sobre restrições para ruas

Buzinaço movimenta centro, divide opiniões e leva debate sobre restrições para ruas

O buzinaço convocado em Marília para pedir a reabertura do comércio movimentou o centro da cidade em dia de comércio paralisado, provocou concentração de pessoas em praça pública e dividiu reações de internautas e moradores sobre as medidas de restrições à circulação de pessoas durante a crise do coronavírus.

A manifestação acompanha eventos organizados em outras cidades, como Maringá e Rio Preto, com pressão sobre as prefeituras, embora a quarentena e fechamento de lojas envolva também um decreto municipal. Nenhuma entidade ou liderança assumiu a responsabilidade pelo evento, que atraiu alguns motoristas com bandeiras e famílias.

Um carro de som com microfone para palavras de ordem e convocação de carreata circulou pelo centro. Com aproximadamente uma hora de manifestação, não foi organizada fila de carros para percorrer outras regiões da cidade.

O protesto acontece ao mesmo tempo em que um encontro no segundo andar da prefeitura reúne técnicos do município, saúde e representantes de empresa para discutir o impacto das restrições, o avanço do coronavírus e as novas medidas a serem adotadas na cidade. O resultado do encontro deve ser divulgado em entrevista coletiva com o prefeito Daniel Alonso.

A cidade decretou estado de calamidade com ampliação das restrições no dia 21 de março, na sequência de um anúncio do governo do Estado para o reforço das medidas de controle em todos os municípios paulistas.

No dia 24 a quarentena estadual entrou em vigor com determinação de fechamento do comércio em geral, com exceção para serviços considerados esssenciais, como supermercados, farmácias, postos de combustíveis.

As restrições já sofreram alterações na cidade e no país. O transporte público, por exemplo, que chegou a ser totalmente paralisado, foi retomado para categorias profissionais que estão em atividade. A cidade tem hoje 27 linhas, cinco exclusivas para a saúde. Antes da crise operavam 35 linhas de ônibus.

Uma transmissão ao vivo da manifestação feita na página do Giro no Facebook (aqui) recebeu centenas de comentários a favor e contra as medidas.

Veja algumas abaixo e confira na sequência mais fotos da manifestação.

Sandra Banhara32:33 Muitos estão perdendo seus empregos eu não tenho filhos pequenos mais tenho netos abaixo de sete anos vamos morrer de fome eu sou a favor só tomar os devidos cuidados eu também sou de risco mais a fome mata mais

Paloma Rodrigues8:04 Itália não se cuidou agora estao empilhando caixões cuidado falido pode se reerguer o falecido não.

Cristiane Agapito19:52 O empregado volta ao trabalho o empresário fica no isolamento o empregado morre ou se afasta por pegar o vírus. …e o empresário contrata outro…Escravos do capitalismo selvagem

Dirceu Marques46:37 Coronavírus sera pequeno perto do problema….empresas falindo mandando gente embora o comércio não suporta portas fechadas

Ariane Barbosa36:24 Tá difícil se correr o bicho pega, e se ficar o bicho come. E duro pra quem paga tbm…Que tristeza, que Deus abençoe o empregador e o empregado.

Patricia Pina Dias47:02 Queremos trabalhar. Com consciência com responsabilidade, tomando todas aa precauções necessárias! Mas, trabalhar.

veja abaixo o vídeo da manifestação
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