Saúde

75% dos pacientes ainda assintomáticos podem desenvolver traços da doença

75% dos pacientes ainda assintomáticos podem desenvolver traços da doença


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Reprodução
Rastrear pacientes assintomáticos é a nova preocupação dos países que estão contendo o surto de Covid-19

A epidemiologista Maria Van Kerkhove afirmou durante conferência da OMS na última sexta-feira (27) que dados obtidos na China sugerem que 75% dos pacientes da Covid-19 listados como assintomáticos acabaram desenvolvendo sintomas em algum momento.

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O anúncio surge em um momento delicado, onde a China tenta conter novos surtos generalizados que podem ser causados por pacientes assintomáticos. A doutora Kerkhove afirma que os países afetados precisam acompanhar casos assintomáticos do começo ao fim.

Em entrevista para a China Global Television Network, o especialista em doenças respiratórias Zhong Nanshan afirmou que portadores assintomáticos do vírus têm grande potencial para contaminar outras pessoas, uma vez que a concentração do Sars-Cov-2 no sistema respiratório externo é maior. Entretanto, Nanshan acredita que não há muitos casos.

“Neste momento, a taxa de letalidade do novo coronavírus está entre 0,9 e 1%. Suponho que não temos muitos pacientes assintomáticos”, diz Nanshan. “Se este fosse o caso, eles estariam transmitindo o vírus e teríamos mais casos confirmados. Mas neste momento, o número de contaminados está diminuindo; algumas províncias já estão próximas de zero. Não acho que seja um grande problema”

Nem todos os especialistas concordam com o Dr. Nanshan. Durante o simpósio de Xangai que aconteceu na última sexta-feira (27), o especialista Zhang Wenhong afirmou que portadores assintomáticos representam a maior ameaça no combate do vírus. De acordo com ele, Xangai registrou mais de 100 casos importados de Covid-19.

“Pacientes assintomáticos normalmente têm boa imunidade e não mostram sintomas por até duas semanas após terem sido infectados”, explicou. “Se eles voltarem para casa e não forem isolados, ou saírem da quarentena de forma precoce, há um grande risco para a comunidade”.

Fonte: IG SAÚDE