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Prefeitura de São Paulo se prepara para prevenir colapso do sistema funerário

Prefeitura de São Paulo se prepara para prevenir colapso do sistema funerário


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Serviço funerário da capital paulista ampliou frota e contratou mais funcionários.

Segundo a John Hopkins University , que está monitorando os casos de contágio pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2) ao redor do globo, o Equador registrou 3.163 casos e 120 mortes causadas pela Covid-19. Apesar dos números serem inferiores aos do Brasil e de outras nações atingidas pela pandemia, a quantidade de mortos foi capaz de colapsar o sistema funerário do país.

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Na cidade de Guayaquil, epicentro da doença no país, faltam caixões e o sistema funerário não está conseguindo atender à alta demanda. Isso fez com que corpos de vítimas da Covid-19 tomassem as ruas da cidade. Moradores da região estão relatando que chegam a ficar com os corpos de familiares mortos pela doença por três dias enquanto esperam o serviço funerário chegar.

Para evitar um colapso semelhante ao vivido pelo Equador, a Prefeitura de São Paulo afirmou que está trabalhando para ampliar a capacidade de atendimento do serviço funerário na capital. 

Uma das medidas, que já estava em andamento antes do início da pandemia de Covid-19 , é a instalação de mil novas gavetas em cemitérios e a compra de oito mil urnas funerárias.

Além disso, o Serviço Funerário Municipal (SFMSP) ampliou em 55% a frota do serviço funerário. Dos 56 automóveis que estão disponíveis, 10 deles serão exclusivos para mortes confirmadas ou suspeitas causadas pelo novo coronavírus.

Segundo dados do SFMSP, são realizados 250 sepultamentos por dia na capital. Esse número tende a aumentar em determinadas situações, como o inverno, e deverá crescer nas próximas semanas em função da pandemia. 

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Manejo dos corpos e Velórios

Para atender ao aumento da demanda, o serviço funerário também contratou 220 novos funcionários. Visando evitar que coveiros, sepultadores e demais funcionários do serviço funerário sejam infectados com o novo coronavírus, a prefeitura afirmou que seus colaboradores terão acesso à equipamentos de proteção individual – como máscaras, luvas e roupas adequadas – e álcool em gel. As medidas atendem à  cartilha elaborada pelo Ministério da Saúde sobre como lidar com os corpos de vítimas do Covid-19.

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Divulgação/Ministério da Saúde
O governo de São Paulo ainda aguarda o resultado de milhares de testes.

A cartilha também dá orientações aos familiares e impõe limites às cerimônias de velório. Além de recomendar que pessoas pertencentes aos grupos de risco não sejam levadas para as cerimônias, o documento impõe um limite de 10 pessoas e que a duração da homenagem seja de no máximo uma hora. Outra determinação do Ministério da Saúde é de que devem ser disponibilizados água, sabão e álcool em gel 70% para a higienização das mãos.

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Covid-19 no Brasil

Desde a confirmação do primeiro infectado, o Brasil registrou, até o momento, 7.910 casos e 299 mortes causadas pela Covid-19. O estado de São Paulo concentra aproximadamente 44% dos casos do país (3.506 infecções) e é a unidade federativa com mais mortos: 214.

Além dos casos já confirmados em todo o estado, duzentos corpos ainda aguardam a confirmação da causa da morte. Além disso, mais de 15 mil exames ainda aguardam o resultado, o que pode levar a uma explosão no número de casos, podendo sobrecarregar o sistema de saúde e o sistema funerário.