Um dos maiores pilotos britânicos de Fórmula 1 e todos os tempos, Stirling Moss faleceu ontem (12), em Londres (Inglaterra), em pleno domingo de Páscoa, aos 90 anos de idade. Com quatro vice-campeonatos seguidos (entre 1955 e 1958) e três terceiros lugares entre 1959 e 1961, Moss se aposentou das corridas apenas aos 81 anos.
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Fora das pistas, Stirling Moss sempre gostou de esportivos de verdade. Abaixo, conseguimos reunir 5 deles. São todos modelos que se aproximam bastante de versões de competição de marcas como Aston Martin, Ferrari, Mercedes e Porsche, como o 718 RS61, uma raridade que ele pilotou no Motor Racing Legends, em Le Mans (França), há 9 anos.
1 – Porsche 718 RS61
Leve ao extremo e fabricado com chassi tubular, o esportivo consegue ter estrutura rígida o suficiente para trabalhar bem com a suspensão em alta velocidade seja em curvas ou retas. Para suportar condiççoes reveras, os freios e o próprio motor de quatro cilindros contrapostos receberam atenção especial da marca alemã sediada em Stuttgart (Alemanha).
A variação 718 RSK teve bastante sucesso em subidas de montanha nos EUA, bem como nas provas de Formula 2 pela Europa com motor de 2 litros de cilindrada. A partir das experiências obtidas com o 718 dos anos 60 a Porsche adotou uma série de novas tecnologias em modelos que vieram nas décadas seguintes. Hoje, o roadster Porsche Boxster recebe o número 718 em homenagem ao legado deixado pelo clássico.
2 – Aston Martin DBR 1/2 1957
Feito com carroceria e estrutura de alumínio, o esportivo inglês também conta com motor 2.5, de seis cilindros e duplo comando de válvulas no cabeçote como um das principais caracerísticas. rende 220 cv e funciona em conjunto com caixa de câmbio manual, de cinco marchas e tração traseira, itens que eram considerados modernos para o final dos anos 50.
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Sua concepção foi toda elaborada para poder participar da prova de longa duração mais famosa e tradicional do mundo, as 24 Horas de Le Mans, na França. Mesmo assim, apresentou problemas de durabilidade para vencer os fortes rivais da Jaguar , Ferrari e Maserati.
3 – Mercedes SLR 1977
Já tinha injeção mecânica de combustível e 3 litros de cilindrada, itens que junto com a estrutura leve, de alumínio, faziam o esportivo de 310 cv a se tornar um dos carros mais velozes do final dos anos 70. Também foi projetado com uma vitória nas 24 Horas de Le Mans como principal objetivo e leva tecnologias e conceitos usados em outros modelos da marca alemã.
É um dos poucos modelos da época que conseguiam beirar os 300 km/h de velocidade máxima e foi pilotado por Moss em várias ocasiões, inclusive ao lado do atual campeão mundial de Fórmula 1 , Lewis Hamilton.
4 – Ferrari 250 GTO
Essa Ferrari é considerada por muitos o último GT com motor grande, no caso um 3.0 V12 de 300 cv, associado a um câmbio manual de cinco marchas. Seu design, com apelo marcante, bem como a exclusividade, são fatores determinantes para sua valorização crescente e infinita no mercado. Isso se evidencia pelos altíssimos valores arrematados para o modelo.
A sigla “GTO” vem do italiano “Gran Turismo Omologata”, que quer dizer que todas as 36 Ferrari 250 GTO produzidas eram voltadas às pistas e podiam rodar publicamente. Vale lembrar que GTs são, essencialmente, modelos de luxo de alto desempenho, capazes de manter altas velocidades por longas distâncias, com arquitetura que, em geral, é a de uma carroceria cupê com motor frontal e tração traseira.
5 – Mercedes SLR McLaren Stirling Moss
Foram fabricadas apenas 75 unidades em homenagem a Moss. O supercarro da Mercedes foi apresentado em 2009, com motor V8 5.5, sobrealimentado por compressor volimétrico, capaz de render entre 626 e 650 cv. Imagina toda essa potência em estrutura leve? O resultado é uma aceleração de tirar o fôlego, de 0 a 100 km/h em apenas 3,8 segundos, com máxima de 332 km/h.
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Ainda entre os detalhes marcantes da raridade, destacam-se itens como as saídas de escape laterais, bem próximas do coletor de escape, como nos carros de corrida. E as portas abertas para cima. Mesmo como um modelo de mais de 10 anos, o carro conta com parte de fibra de carbono e hastes no volante para trocas sequenciais do câmbio, detalhes do mundo das competições de automobilismo, que sempre estarão ligadas ao lendário Stirling Moss .