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Pilotando a Ducati Diavel 1260S

Pilotando a Ducati Diavel 1260S


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Guilherme Marazzi
A dirigibilidade melhorou muito na Ducati Diavel 1260S 2020

A Ducati Diavel 1260S foi apresentada oficialmente à imprensa no último dia 26 de novembro, logo após o Salão Duas Rodas, exposição da qual a marca italiana não participou. Após a apresentação técnica da nova versão da musculosa motocicleta que mescla características custom, naked e esportiva, não pude acompanhar a avaliação dinâmica de cerca de 160 km de rodovias, por conta do lançamento de um outro veículo de desempenho acima do normal: o novo McLaren GT.

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Passado esse acúmulo de adrenalina em um só dia, volto a descrever a nova Ducati Diavel 1260S, desta vez do ponto de vista mais interessante de todos: ao guidão. Por uma semana, pilotei a macchina italiana por ruas, avenidas e estradas próximas à cidade de São Paulo, sendo que a nova motocicleta surpreendeu pela agilidade em meio ao trânsito urbano.

Os 62 cm3 a mais de cilindrada do novo motor, graças ao acréscimo de 3,6 mm no curso dos pistões, além de alguma outras pequenas melhorias tecnológicas, deixaram o motor da Diavel 1260S notadamente mais amigável do que o anterior, mantendo, no entanto sua característica de respostas brutais ao acelerador. São 159 cv de potência e 13,2 kgfm de torque.

Essa diferença pôde ser sentida principalmente no uso urbano, situação em que as Ducati mais antigas não dominavam totalmente, justamente pela sua característica de terem motores de respostas muito fortes ao acelerador. Mas, assim como a Multistrada , que passou de 1.200 cm3 para 1.262 cm3 e ganhou funcionamento mais suave e linear do motor Testastretta, o mesmo aconteceu com a nova Ducati Diavel com motor 1260.

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Apesar de aparentemente igual à versão anterior, a nova Ducati Diavel 1260 passou por muitas mudanças, inclusive na ergonomia. Banco, guidão e pedaleiras foram ligeiramente realocados, proporcionando um pouco mais de conforto na pilotagem da máquina, que continua com seu visual extremamente agressivo.

E a sua mecânica?

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Divulgação
Com cluster digital e itens de auxílio de condução, seu motor potente não é algo indomável

As alterações mecânicas não são tão perceptíveis, mas existem. Na eletrônica, a motocicleta passou a contar com o sistema Ducati Wheeling Control Evo – DWC, que controla a tendência de levantar a frente em arrancadas fortes, ajustável em oito posições, e os freios Brembo têm agora o Cornering ABS, que permite frear forte mesmo dentro de curvas, com a motocicleta inclinada.

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Há ainda o Ducati Traction Contro Evo – DTC, que impede o destracionamento da roda traseira em acelerações mais fortes, e o Ducati Power Lunch Evo – DPL, que realiza automaticamente a melhor arrancada, com rapidez e segurança. O câmbio é de seis velocidades com quick-shift ascendente e descendente, sistema que permite trocar as marchas sem utilizar a embreagem e sem soltar o acelerador.

A Ducati Diavel 1260S continua com seu espírito aparentemente indomável, mas realmente está bem mais civilizada e mais gostosa de passear por aí, sem perder a agressividade que lhe é característica. E um de seus atributos, sem dúvida, além da força e da satisfação na pilotagem, é o status que musculosa motocicleta proporciona em meio a outros modelos menos exuberantes. A Ducati Diavel 1260S custa R$ 96.990.

Fonte: IG CARROS