O medicamento de baixo custo contra a Covid-19 anunciado pelo ministro da Ciência, Marcos Pontes, na última quarta (15), já é testado em andamento em pelo menos três países.
Testes com humanos da nitazoxanida, um vermífugo conhecido pelo nome comercial Annita, já foram registrados no Egito, no México e nos EUA na base internacional Clinical Trials, que reúne informações sobre experimentos de medicamentos com paciente
Covid-19: remédio “secreto” de Pontes é mais tóxico que cloroquina, diz estudo
Até sábado (18), havia registro de dois testes diferentes de nitazoxanida para Covid-19 com humanos no Egito. Os demais países informaram uma pesquisa cada.
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De acordo com reportagem, a nitazoxanida foi mapeada por meio de inteligência artificial e de biologia computacional em meio a 2.000 fármacos Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais e testada em células isoladas no Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas, um dos poucos da região com nível de segurança necessário para manipular vírus.
Agora, segundo o ministro, 500 pacientes em sete hospitais (cinco hospitais militares no Rio, um em São Paulo e um em Brasília) participarão dos experimentos com a droga.
No anúncio de Pontes, o nome nitazoxanida não foi divulgado para evitar corrida às farmácias, como ocorreu com a cloroquina. Poucas horas após a declaração do ministro, a Anvisa publicou uma norma proibindo a venda desse medicamento sem receita médica especial.
No Brasil, as pesquisas de fármacos com humanos precisam de autorização da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), órgão do Ministério da Saúde. Até sábado (18) constavam na Conep pelo menos três deliberações de testes da nitazoxanida para Covid-19 com pacientes desde terça (14). São duas no Rio (UFRJ e Hospital Naval Marcílio Dias) e uma no Hospital Vera Cruz, em Campinas.
