O governo do Amazonas admitiu que o sistema de saúde do estado já apresentava insuficiência da capacidade de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) antes da pandemia da Covid-19.
Segundo dados da gestão, quase 90% do leitos totais estão ocupados. Ao todo, o Amazonas possui 6.710 leitos, entre a rede pública e privada. Na última atualização, neste sábado (18), o número de contaminados no estado era de mais de 1,8 mil e 161 mortes.
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Em pronunciamento na última quinta-feira (16), a secretária de Saúde, Simone Papaiz, disse que a lotação em unidades de saúde do Amazonas é por conta do aumento do n úmero de casos do novo coronavírus no estado.
O governo afirmou ainda que “os leitos já apresentavam insuficiência para a rede pública, mesmo antes da pandemia”.
“No estado do Amazonas, nos últimos 10 anos, o número de leitos disponíveis no SUS já era um número insuficiente para a rede. Isso é importante a população saber. Com a pandemia, nós superlotamos as unidades hospitalares. Então, a insuficiência de leitos já era estabelecida. Já era fato”, disse.
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Neste sábado (18), a Fundação de Vigilância em Saúde detalhou que o Amazonas tem 681 pessoas internadas – entre leitos clínicos e UTI, na rede pública e privada. De pacientes confirmados com Covid-19, são 88 internados em estado grave de saúde nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), e 68 em leitos clínicos.
Ainda segundo o governo, o número total de leitos de unidade de terapia intensiva no Amazonas é de 639, sendo 466 na rede pública e 173 na rede privada. Até esta sexta-feira (17), os dados do governo informaram que haviam 141 leitos de UTI disponíveis. A taxa de ocupação é de 88%.
Manaus concentra 1.593 casos confirmados de Covid-19, totalizando 83% das contaminações em todo o Amazonas.