A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) apresentou nesta quarta-feira (22) um projeto de redução de gastos para a entidade, no qual há a proposta de reduzir os salários de deputados e servidores comissionados, como assessores políticos. A proposta ainda precisa ser aprovada pelos deputados, em votação na Alesp .
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O projeto, que está sendo proposto pela Mesa Diretora da Alesp , deseja cortar um gasto equivalente a R$ 320 milhões. O dinheiro economizado será destinado para o combate da pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2).
A ideia da Mesa Diretora é votar nesta quinta-feira (23) a urgência da proposta, para que o projeto em si possa ser votado pelos deputados na próxima semana e, se aprovado com rapidez, passe a valer a partir de 1º de maio.
O presidente da Assembleia, Cauê Macris (PSDB) afirma que a maioria dos parlamentares estão a favor e que nenhum líder de partido se mostrou contra. Diversos deputados, tanto da direita, esquerda ou centro, já haviam propostos projetos de cortes. Nesse projeto, a Mesa Diretora tentou encontrar um equilíbrio entre todas as propostas.
“Não poderia o maior Poder Legislativo estadual do país deixar de apresentar suas ações e fazer também aquilo que a população está sofrendo, que é cortar na carne”, afirmou Cauê Macris.
O projeto
O projeto prevê o corte de 30% do salário dos deputados estaduais , que é atualmente R$ 25 mil, e dos gastos dos gabinetes – cada deputado possui verba mensal de R$ 34,5 mil para gastos como divulgação e gráficas, hospedagem, combustível, passagens aéreas e aluguel de veículos ou imóveis.
Cargos comissionados, como assessores políticos, teria também a redução de 20% dos salários e benefícios. Contratos serão revisados com o objetivo de cortar os gastos em 40% e 70% do fundo de despesas da Alesp serão doados.
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A Alesp gasta por mês cerca de R$ 220 mil com cada deputado. A despesas com os parlamenares em um ano chega a R$ 250 milhões.