Testes rápidos para detectar anticorpos do novo coronavírus (Sars-Cov-2) começam a ser ofertados em farmácias pelo Brasil. No entanto, a testagem ainda preocupa os especialistas.
A Febrafar, associação farmacêutica que reúne 10 mil farmácias brasileiras, recomenda que se evitem os testes rápidos por falta de espaço apropriado nas farmácias, o que aumentaria o risco de contaminação de clientes e funcionários.
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Farmácias da rede Abrafarma – que reúne 8 mil das 79 mil farmácias do país e é a favor dos testes – no Ceará e em Minas Gerais já estão realizando o procedimento. Em Fortaleza, os testes estão sendo feitos com o paciente dentro do carro, de forma drive-thru. Já em Belo Horizonte, a unidade reservou uma sala para realizar os exames.
A Abrafarma publicou um protocolo de procedimentos, no qual citou que a Anvisa informa que “resultados negativos não excluem totalmente a infecção por Sars-Cov-2 e resultados positivos não devem ser utilizados como evidência absoluta de infecção, devendo ser interpretados por um profissional de saúde”.
A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica afirmou que as farmácias terão de seguir as mesmas exigências que laboratórios e pediu fiscalização para garantir a segurança dos clientes.
Exames rápidos para Covid-19 já são oferecidos em alguns laboratórios. Segundo a Associação, todos têm registro da Anvisa, mas nenhum passou por testes de validação.
A Anvisa informou que registrou até agora 41 testes rápidos e desses, só oito foram analisados pela Fiocruz e, segundo a agência, demonstraram resultados satisfatórios.
Segundo a Anvisa, a autorização só ocorre depois de comprovadas as boas práticas de fabricação e avaliações técnicas, além de que os desempenhos não esperados devem ser notificados à agência. De acordo com a Associação de Laboratórios, os testes validados só estão disponíveis na rede pública.