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Braga Netto e Ramos pedem por "esperança à população" e criticam imprensa

Braga Netto e Ramos pedem por "esperança à população" e criticam imprensa


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Ministro Braga Netto, chefe da Casa Civil
Isac Nóbrega/PR
Ministro Braga Netto, chefe da Casa Civil


O General Braga Netto, chefe da Casa Civil, realizou nesta segunda-feira, 04, uma coletiva ao lado de Luiz Eduardo Ramos, ministro-chefe da Secretaria do Governo, para falar sobre ações contra a pandemia do novo coronavírus.

Braga Netto focou nas ações de distribuição de EPIs e repatriação de brasileiros. Ramos fez questionamentos à imprensa ao expressar que se divulga mais o número de mortos do que de recuperados pela Covid-19 no país.

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O chefe da Casa Civil abriu a coletiva divulgando recursos enviados ao estado do Ceará no fim de semana. Foram 4 mil unidades de álcool líquido; mais de 56 mil Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como aventais, luvas, máscaras n95, máscaras cirúrgicas, toucas e protetores faciais; 30 ventiladores pulmonares; e 20.710 testes rápidos.

O estado do Amazonas recebeu 31 toneladas de álcool em gel e 200 cilindros de oxigênio, que foram transportadas por aeronaves da Força Aérea. A coordenação da entrega foi feita pelo ministério da Defesa e pelo Centro de Operações.

Braga Netto também informou que 339 brasileiros foram repatriados do Reino Unido, Nova Zelândia e dos Emirados Árabes. “Mais de 20 mil brasileiros foram repatriados dentro da premissa de que ninguém ficará para trás”, afirmou.

Divulgação de número de recuperados

Em sua fala, Ramos criticou a imprensa e pediu para que não apenas o número de mortes fossem divulgados, mas também os pacientes curados ou fora de riscos.

No Placar da Vida, que foi exibido na coletiva, o Brasil contava com 42.991 pacientes curados e 51.131 com grande potencial de serem curados. Ao todo, seriam 94.122 pessoas foras de risco. “Divulgar o número de morte faz parte, mas a imprensa só divulga caixão, cova e corpo”, disse. “Temos que dar um pouco de esperança à população”.

Ramos disse ainda que vê “parcialidade” na maneira de informar da imprensa. Ele afirmou que é preciso dizer que a doença é grave e orientar sobre cuidados a serem tomados, mas trazer tranquilidade aos cidadãos.

Questionados sobre como informar sem tirar o destaque dos números, Braga Netto e Ramos disseram que não se deve esconder os número, mas não trazer apavorar a população. “Não é um apocalipse, não é o fim do mundo”, disse Ramos.

Manifestações no fim de semana

Braga Netto se esquivou de pergunta sobre aglomerações e possível aumento de transmissões caso sejam encorajadas, referência às manifestações antidemocráticas que aconteceram no fim de semana. “Pergunte isso aí para o ministro da Saúde”, disse. Ele ainda afirmou que “as pessoas têm liberdade de fazer o que quiserem, desde que não haja ameaça à saúde do outro”.

Agressão a jornalistas é “inadmissível”

Ao ser questionado sobre nota emitida hoje pelas Forças Aéreas contra ataques a jornalistas durante manifestações, Braga Netto disse que “a liberdade de expressão é requisito fundamental”. “Qualquer tipo de agressão a jornalistas tem que ser apurada. É inadmissível”.

Ele afirmou ainda que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teria se mostrado “aborrecido” quanto às agressões. “Ele não controla esse pessoal todo, isso aí precisa ser apurado minuciosamente”, finalizou Braga Netto.