Nacional

Homem que atacou enfermeiras  trabalha na pasta de Direitos Humanos do governo

Homem que atacou enfermeiras  trabalha na pasta de Direitos Humanos do governo


source
manifestação
Reprodução Twitter
Profissionais de saúde são agredidos por bolsonaristas durante manifestação


Na última sexta-feira (1), passou a circular nas redes sociais um vídeo de um homem alto, vestido com a camisa símbolo do bolsonarismo “meu partindo é o Brasil”, que gritava e coagia profissionais da saúde em protesto pacífico em frente à praça dos três poderes, em Brasília. O homem que realizou o ataque contra os enfermeiros se chama Renan Sena e é funcionário do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MDH).

O site UOL  apurou a relação de Sena com o MDH, segundo a reportagem ele é analista de projetos socieducativos da empresa G4F Soluções Corporativas Ltda, terceirizada que presta serviço ao Ministério da ministra Damares Alves com base em um contrato de R$ 20 milhões.

Leia também: Bolsonaro manda jornalista “calar a boca” e nega agressão à imprensa em protesto

Sena não comparece ao trabalho desde meados de março sob a justificativa de que estava doente, porém sua presença foi registrada em diversos atos em apoio ao presidente, Jair Bolsonaro, e contra as instituições democráticas, como na manifestação do dia 15 de março que clamava por intervenção militar.

Na sexta-feira, aproximadamente 60 enfermeiros homenageavam a morte de 55 colegas de trabalho pela Covid-19 enquanto atendiam pacientes e cumpriam com suas funções. Sena interrompeu o ato, agrediu com xingamentos e empurrões duas enfermeiras, além de cuspir no rosto de uma estudante de medicina que tentou interromper as agressões.

Leia também: Bolsonaro recebe no Planalto militar que executou ao menos 41 na ditadura

O Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos notificou que havia pedido à empresa terceirizada que desligasse Sena no dia 18 de março, mas segundo informações do site a empresa não foi informada da solicitação. O Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) afirmou que vai acionar a justiça contra Sena.