O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) divulgou nesta quarta-feira (6) que avalia um modelo de descontaminação de máscaras hospitalares para reutilização por profissionais de saúde. O titular da pasta, Marcos Pontes, afirmou hoje que uma pesquisa da Universidade de Brasília (UnB), em parceria com Rotary Club, avalia o uso de raios ultravioleta para eliminar a contaminação de máscaras do modelo N95, que são as mais utilizadas em ambientes hospitalares que lidam com a infecção por covid-19.
“Essa tecnologia já está sendo testada e será utilizada, inicialmente, em seis hospitais, entre eles o Hospital de Base de Brasília e o Hospital Regional da Asa Norte”, informou o ministro, durante coletiva de imprensa, no Palácio do Planalto, para atualizar as ações do governo no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. Segundo ele, os materiais são inseridos, em grande quantidade, em um dispositivo apropriado, no interior do qual é feita a descontaminação, que dura cerca de 15 minutos.
Alternativas de descontaminação
Além da estratégia adotada pelo governo, empresas investem na descontaminação como forma de contribuir na luta contra a Covid-19. O SAVED’20, desenvolvido por uma empresa nacional, é um exemplo que funciona a partir de um sistema de lâmpadas que emite radiação eletromagnética UVC (no comprimento de onda de 254nm), que mata os vírus e bactérias com eficiência de 99,9%. Desta forma, é uma arma poderosa para os profissionais de saúde, já que proporciona descontaminação de EPIs, roupas e tecidos, salas e quartos, camas e móveis, e utensílios em geral
Álcool em gel
O governo também busca alternativas para a produção industrial do álcool em gel, um dos principais insumos para higienização individual e de superfícies para evitar a contaminação pelo novo coronavírus. Para isso, o MCTIC está investindo cerca de R$ 1,5 milhão no desenvolvimento de reagentes para a fabricação do álcool em gel, em parceria com instituições de pesquisa. Segundo o ministro Marcos Pontes, há dificuldades para trazer para o país o reagente atualmente utilizado na confecção do álcool. “O objetivo é encontrar substituições ao Cabopol 940, que está em dificuldade de se obter por causa da importação”, destacou.