Marília

Rumo aprova ciclovia em Marília e espera documentos; ONG celebra

Rumo aprova ciclovia em Marília e espera documentos; ONG celebra

A empresa Rumo Logística, concessionária responsável pela malha paulista de rodovias incluindo o trecho de Marília, já aprovou a proposta de implantação de uma ciclovia paralela aos trilhos no centro de Marília e espera detalhes técnicos da prefeitura para encaminhar a regulamentação.

A Câmara de Marília aprovou na semana passada proposta da prefeitura para autorizar um convênio com a empresa. Segundo a Secretaria de Planejamento Urbano, responsável pelo projeto, a implantação não tem prazo definido e deve usar recursos de um programa federal específico, ou seja, dinheiro que não poderia ser usado em outros gastos, como combate à Covid-19, por exemplo.

O projeto é resultado de anos de análise na prefeitura que ganharam suporte com sugestões da comunidade, como uma proposta apresentada pela Associação Ambientalista de Marília – ONG Origem –. A ONG celebrou em redes sociais a medida.

Ciclovia deve acompanhar trilhos da Rumo até avenida das Indústrias no centro

A ideia é implantar 2,8 quilômetros de ciclovia no centro da cidade, em um trecho que vai da região da praça Athos Fragata até área próxima à nova agência da Caixa, ao lado avenida das Indústrias.

“A concessionária informa que já foi feita análise técnica e aprovou o projeto de implantação da ciclovia em Marília. No entanto, a empresa ainda aguarda a documentação do município com ajustes técnicos, além da minuta do contrato assinada para que a obra possa ser autorizada junto aos órgãos reguladores”, diz uma nota oficial da empresa enviada ao Giro Marília.

Os ajustes técnicos envolvem detalhes do plano executivo de implantação, com dados como áreas de descanso, paisagismo, projetos de elétrica e hidráulica, que já estão prontos.

Segundo o secretário municipal de Planejamento Urbano, José Antonio Almeida, a pasta trabalhava com estas definições há praticamente um ano para acompanhar o trâmite burocrático do convênio.

José Antonio disse que o trecho definido atende critérios técnicos, financeiros e de capacidade de execução. Ele explica que há um pleito maior, que viabilizaria a ciclovia entre os distritos de Lácio e Padre Nóbrega, mas que não há condições especialmente de finanças para a implantação.

José Antonio explicou também que a obra está prevista em convênio com específico, com as chamadas verbas carimbadas para fim exclusivo de uso, com recursos federais;

“Existe um convênio específico, com programa da Caixa para este projeto, que está lá, parado à espera de todo o trâmite burocrático. Não é uma verba que a cidade possa redirecionar, usar em outros projetos”, explica.

Projeto desenvolvido pela Associação Ambientalista – ONG Origem, prevê parque linear com ciclovia

A Origem divulgou em redes sociais texto em que comemora a medida e lembra que desde 2006trabalha com uma proposta oficializada em audiências públicas do Plano Diretor de Marília.

A ONG apresentou em 2017 um projeto desenvolvido com apoio de alunos do curso de Arquitetura da Unimar com perspectivas de um parque linear integrado à ciclovia. A proposta não está inteiramente contemplada no projeto aprovado. Segundo a Secretaria de Planejamento, foram aproveitadas ideias e sugestões que podem ser utilizadas com os critérios de capacidade de implantação.

“Apesar de estarmos atravessando um período de calamidade sem precedentes na história recente desse país, o trabalho com fulcro na mobilidade segura, limpa e democrática por meio da bicicleta, demonstra que ainda resta esperança de um futuro pelo qual vale a pena lutar”, diz a mensagem da ONG Origem.