A decisão do governo estadual em classificar Marília na zona 2 em risco para epidemia de coronavírus, abaixo de Bauru e Prudente e com mais restrições ao comércio e serviços provocou revolta em lideranças de empresários e políticas da cidade.
A medida surpreendeu em meio à expectativa de mais autonomia e liberdade no município após anúncio nesta terça-feira de que a prefeitura teria maior liberdade.
Os limites para flexibilização vão manter fechados na cidade bares, salões de beleza, academias e restaurantes, além de impor abertura com mais restrições ao comércio em geral.
Além da frustração na cidade, a decisão contraria quadro de evolução da epidemia divulgado pelo próprio governo. Os mapas oficiais de acompanhamento da epidemia mostram que a regional de Marília tem casos e óbitos muito abaixo das vizinhas privilegiadas.
Marília aparece na contabilidade oficial 35 casos por grupos de 100 mil habitantes. Em Prudente são 52 e em Bauru 73 casos por grupos de cem mil habitantes. Além disso, a cidade tem baixo índice de ocupação de leitos e UTIs.
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Os números também são mais positivos na análise de óbitos. Bauru tem 64 casos nos mapas do governo, Prudente tem 29 e Marília 21.
O quadro é ainda pior se considerar que a Regional de Bauru inclui dados de Jaú e Botucatu, centros de influência em outras cidades com volume de casos muito maiores que os de Marília. Enquanto Bauru tem três centros com mais de cem casos, Marília não tem nenhum.
Além disso, os mapas das regionais incluem em Marília algumas cidades com influência geográfica e de mobilização maior a partir de Presidente Prudente, que mesmo de forma isolada tem mais casos e óbitos que Marília.
