O prefeito Daniel Alonso anunciou no início desta noite que vai manter Marília classificada na faixa laranja de flexibilização da quarentena, apesar do rebaixamento da região para a faixa vermelha nos critérios do governo do Estado (veja aqui a decisão do Estado)
Anunciou que vai intensificar a fiscalização e pediu que a população seja fiscal das áreas privadas às quais o poder público não tem acesso.
A decisão contraria o governo mas tem base jurídica. Uma liminar do Tribunal de Justiça autoriza a prefeitura a estabelecer regras locais de acordo com os dados técnicos da saúde seguindo os critérios do Estado.
A medida deixa o comércio sem qualquer alteração: nada muda nos horários, nos serviços autorizados e nos serviços que devem estar fechados. Bares e restaurantes não podem servir nos salões, mas podem manter delivery. Salões e academias seguem fechados.
Em pronunciamento oficial, o prefeito disse que a cidade teria índices para avançar até a faixa amarela, mas por questões de prevenção em relação à região vai manter a faixa amarela.
Daniel afirmou que durante a tarde houve reunião com diferentes setores da equipe municipal para analisar os dados exclusivos da cidade antes da decisão.
Disse que a medida foi tomada com “toda segurança, todo embasamento, todos os critérios”. Lembrou que o Estado rebaixou a região por causa da variação do número de internações, que subiu 51% em toda a região.
Lembrou todos os critérios do Estado e comparou com os dados da cidade. Destacou que segundo o governo, no quesito ocupação de leitos a região está na faixa verde. É também verde no quesito leitos disponíveis para 100mil habitantes e na variação de casos. Laranja na variação de óbitos laranja e vermelho na variação de internações.
“Quando trazemos para a realidade de Marília, variação de internações sai da faixa vermelha e sobe para a faixa verde”, disse Daniel, que prometeu disponibilizar todos os dados da cidade.
O prefeito voltou a dizer que o movimento do comércio não é responsável pela evolução da epidemia e criticou as festas e eventos particular e a falta de cuidados das pessoas em circulação. “Não queremos que as pessoas fiquem enclausuradas para sempre, não é isso. Mas saia somente o necessário. Precisa ir ao supermercado, precisa ir ao comércio, vá apenas uma pessoa que não seja do grupo de risco.”