É isso.
Hoje, estamos aqui, uns de máscaras outros não, enfrentando o virusinho chinês, esperançosos de amanhã estarmos livres do bichinho. Daí, quando for o depois de amanhã – se não atrapalharem – a gente vai ver o começo do futuro.
– Mais um momento importante prá quem já viu o Pelé jogar ao vivo, ouviu os Beatles pelo radinho portátil e viu pela TV o homem pisar na lua pela primeira vez.-
Já, para depois de amanhã, as coisas vão mudar – e muito – exceto a natureza que deve ser respeitada e preservada…isso se não atrapalharem.
No futuro, não me marque encontro logo cedo na padaria para um café e discutir o projeto da casa. Eu não vou! Logo cedo, ainda vou estar em casa fazendo um café – verdade, aprendi na quarentena – para depois jogar os farelos de pão aos pardais, depois arrumar a pia e aí sim, vou estar livre. Podemos nos encontrar lá no terreno da obra e fazer a reunião ao ar livre, livre de, sei lá, ser contaminado por algum vírus sacana.
O projeto está ficando muito bom. Casa ventilada e ensolarada, recuada nos dois lados – possibilitando fazer cooper dando voltas na casa e não precisar ir caminhar na rua – e nos fundos, uma varanda para o churrasco e cervejinha. E mais ainda! Uma bela área descoberta, lembrando os quintais de “ontem”, onde se pode tomar sol – bom pra você, ruim para o vírus – e até um espaço para se ter uma hortazinha para as verduras e pimentas – bom prá crise econômica, ruim para as costas -.
Lembrei! Posso me atrasar para a reunião. É que vendi o carro e comprei uma bicicleta. – Na pandemia, descobriram a presença do vírus em algumas partículas dos gazes expelidos pelos escapamentos dos carros. Daí os “homens” chegaram à conclusão que o vírus gosta da poluição e a bicicleta é o melhor meio de transporte, sustentável, econômico e saudável.
– Agora só ando de “bike”. E está fácil.
Prá sorte nossa, aqui em Marília, o prefeito atendeu o Plano Diretor de Mobilidade, – feito durante a pandemia – e implantou uma rede de vias verdes – ciclovias, conectando toda a cidade. Dá prá se chegar à qualquer lugar de bicicleta.
Até quando eu aguentar, vou de bike, depois eu troco por um “robocapsulamóvel” – aquele carrinho elétrico, dirigido por piloto-robô controlado à distância, de dois lugares. Um carrinho bisneto da “romiseta”.
– Lembra dela? No passado, parecia uma cabeça andando pelas ruas -.
Mais uma coisa, não me marque nenhuma reunião para o fim de semana. Fim de semana prá mim é sagrado. É quando vou levar os meus netos para brincar e passear nos parques. Verdade! Parques de verdade!
Ainda na pandemia, os estudiosos chegaram à conclusão que os parques são os espaços públicos “imunes” ao viruzinho chinês. Por serem formados por grandes áreas, é possível respeitar o afastamento social evitando aglomerações e a propagação do “bichinho”. – O que propaga mesmo, aliados das pandemias, são as favelas e cortiços, que devem ser eliminadas através de um “ programa social” decente, diferente do “Minha casa Minha vida”. Isso, se os “homens” entenderem e não atrapalharem -.
Prá sorte nossa, o prefeito de Marília, atendeu a reivindicação da revisão do Plano Diretor, que aconteceu durante a pandemia, e construiu dez (isso mesmo, 10) belos e generosos parques em toda a cidade.
É isso aí! Muita coisa vai mudar. O jeito de viver, de morar. A cidade vai mudar e o mundo do futuro, que começa depois de amanhã, vai ser melhor que o de ontem.
É só aprender as lições do presente e…
NINGUÉM ATRAPALHAR.