Economia

Greve dos entregadores: entenda o movimento dos trabalhadores de aplicativos

Greve dos entregadores: entenda o movimento dos trabalhadores de aplicativos


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rappi
Rappi/ Divulgação
De acordo com os entregadores, o objetivo é parar as entregas em boa parte do país, afetando principalmente três empresas: Ifood, Rappi e Uber Eats

Entregadores que trabalham para aplicativos de delivery marcaram uma greve para o dia 1º de julho. De acordo com os entregadores, o objetivo é parar as entregas em boa parte do país, afetando principalmente três empresas: Ifood, Rappi e Uber Eats.


O movimento dos entregadores no Brasil tem sido visto como uma novidade no setor informal dos aplicativos. Os protestos e reivindicações por melhores condições de trabalho começou em São Paulo há cerca de três meses, mas tem crescido também em outras regiões do país.

A demanda por serviços dos aplicativos aumentou muito por causa da pandemia da Covid-19 e isolamento social, mas os trabalhadores relatam uma queda na remuneração nos últimos meses. Os grevistas pedem um aumento dos valores mínimos para corridas e, segundo os entregadores, as empresas não são transparentes sobre as tarifas e também não informam sobre eventuais mudanças no serviço. 

As empresas negam falta de transparência e queda de remuneração, alegando que por causa da pandemia mais pessoas começaram a trabalhar no setor, o que aumentou a concorrência para conseguir corridas.

Os trabalhadores pedem maior transparência sobre as formas de pagamento adotadas pelas plataformas, aumento dos valores mínimos para cada entrega, mais segurança e fim dos sistemas de pontuação, bloqueios e exclusões indevidas, reclamadas pelos entregadores.

O grupo “Entregadores Antifascistas”, que tem participado de manifestações contra o governo Bolsonaro e apoia a greve. Mas o movimento grevista dos entregadores é mais amplo, sendo organizado em dezenas de grupos de WhatsApp.