O governo do Estado manteve Marília e região na faixa laranja do Plano São Paulo, mesma classificação dos últimos 15 dias, com abertura do comércio em geral e shopping centers por quatro horas diárias e restrições ao atendimento presencial em bares, restaurantes, salões de beleza e similares.
A classificação foi provocada por função do número de óbitos na região, que atingiu índices da faixa vermelha. A cidade teve classificação verde em ocupação de leitos e amarela na evolução de casos e de internações. A classificação final ficou laranja.
O secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, citou a evolução dos óbitos na região como notícia negativa em meio à evolução do controle da epidemia em todo o Estado.
Pelo plano do Estado, a abertura destes setores teria que esperar pelo menos mais 15 dias de avaliação. A Prefeitura de Marília deve apresentar no final desta tarde um anúncio oficial sobre obediência às regras.
Uma lei aprovada pela Câmara na segunda-feira cria normas municipais que contrariam o plano do governo e podem provocar decretos para ampliar o horário de atendimento no comércio a partir da segunda-feira, abertura de setores não autorizados – como os restaurantes e praças de alimentação dos shoppings, além da retomada ampliada a partir da semana seguinte, a partir de 3 de agosto.
A avaliação da classificação e dos números da cidade será feita a partir das 15h em uma reunião do comitê municipal de enfrentamento do coronavírus. O anúncio sobre os resultados do encontro está marcado para 17h.
A classificação divulgada hoje pelo governo do Estado é a oitava e acompanhava também uma nova fase da quarentena, que vai de 27 de julho a 10 de agosto em todo o Estado de São Paulo.
O governador João Doria disse que o Estado teve bons índices com queda de casos, internações e óbvitos no Estado. As regiões de Campinas, Araraquara e Araçatuba evolupíram para a faixa amarela, com menos restrições. Nenhum região regrediu, ou seja, nenhuma voltou à fase vermelha.
EVENTOS
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, afirmou na coletiva oficial de apresentação dos dados previsão de que a Marcha para Jesus, que em 2019 mobilizou três milhões de pessoas, não será feita de forma presencial. Está marcada para o dia 2 de novembro.
Covas anunciou ainda que foi adiada a Parada LBTG, que deveria ter acontecido dia 14 de junho e estava prorrogada para 29 de novembro. ALém da preocupação com a epidemia, a data coincidiria com o segundo turno das eleições municipais. Em 2019 a parada teve três milhões de pessoas.
A Prefeitura de Sâo Paulo também adiou o carnaval e desfiles de rua na capital paulista. Alguns dos principais blocos de carnaval da cidade também participaram de reuniões com a prefeitura para adiar seus eventos públicos.
“Tanto as escolas de samba quanto os blocos entenderam a inviabilidade da realização do carnaval em fevereiro do ano que vem”, disse o prefeito. Os desfiles devem acontecer em maio ou julho.
A capital confirmou ainda o aviso oficial de que o Grande Prêmio de Fórmula 1 em São Paulo, previsto para novembro, foi cancelado, apesar das projeções de que a epidemia estaria com situação melhor que a de países onde já foram realizadas outraqs provas.