Jean Paul Lebau, o MInhão, símbolo do escotismo em Marília – Fotos: Eduardo Leme
Jean Paul Lebau, o MInhão, símbolo do escotismo em Marília – Fotos: Eduardo Leme

Acredito eu que o Minhão seja eterno nos corações dos “filhos”do escotismo…

Neste ultimo dia 12 de agosto aconteceu um ato oficial com homenagem e identificação de praça com seu nome, Minhão (Jean Paul Lebeau). Uma praça e uma localização que sempre foram suas, na nova avenida Cascata, antiga entrada para trilhas e atividades em que Minhão comandava e ensinava.

Jamais esqueci o dia que o conheci, era um sábado de muito sol e calor e iriamos fazer uma trilha na Fazenda Cascata, trilha esta que percorri por infinitas vezes durante os anos seguintes no ESCOTEIRO.  Naquele dia começavam talvez os melhores anos da minha vida, de convívio com a natureza, acampamentos, valores e amizades que perduram após passados 30 anos.

Hoje não tem como olhar esta praça ou qualquer foto e não ouvir sua voz só dizendo “Grandonnn” (aqueles que o conheciam entendem).

Sua vida foi voltada para o ensino, tanto nas aulas de computação no Colégio, quanto no Escotismo. Neste segundo nos foram passados valores como ajudar o próximo, trabalhar em equipe, ser criativo, honrar a palavra, liderar ou ser liderado, empático, valorizar o esforço,  cumprir metas, ser bondoso entre tantos outros… que nos fizeram cidadões melhores.

Lembro-me com clareza de um temporal que passamos em um acampamento em Rosália (Distrito de Marília), onde praticamente todas barracas e estruturas foram ao chão com o vento forte e chuva. E quando olho para o seu rosto estava dando risada e dando bronca ao mesmo tempo naqueles que não ajudavam os mais novos…. aprendi muito sobre lidar com dificuldades neste dia, o ato de não parar, não desistir e o maior: não perder a alegria.

A vida foi passando e o convívio diminuindo, porque as obrigações nos cobram, até o dia em que Deus decidiu te levar.

Agradeço a Deus por cada segundo de convívio e principalmente pelos ensinamentos que convivem comigo no meu dia-a-dia…. aos amigos que o Senhor e o Escotismo me trouxeram, porque eles ainda me acompanham neste temporal que é a vida, me fornecendo apoio, broncas e o sorriso na dificuldade.

SEMPRE ALERTA!!! NOSSO ETERNO GRANDE!!! Termino deixando uma das centenas de canções que aprendi nos acampamentos:

Canção da Despedida

Por que perder a esperança
De nos tornar a ver?
Por que perder a esperança
Se há tanto querer?

Não é mais que um até logo
Não é mais que um breve adeus
Bem cedo junto ao fogo
Tornaremos a nos ver

Com nossas mãos entrelaçadas
Ao redor do calor
Formemos esta noite
Um círculo de amor

Não é mais que um até logo
Não é mais que um breve adeus
Bem cedo junto ao fogo
Tornaremos a nos ver

Pois o Senhor que nos protege
E nos vai abençoar
Um dia certamente
Vai de novo nos juntar

Não é mais que um até logo
Não é mais que um breve adeus
Bem cedo junto ao fogo
Tornaremos a nos ver

Sonorizando a melodia, sem canto

Não é mais que um até logo
Não é mais que um breve adeus
Bem cedo junto ao fogo
Tornaremos a nos ver