Em uma sessão que gastou mais tempo na leitura da denúncia que na justificativa de votos, a Câmara de Marília rejeitou na noite desta segunda-feira um pedido de abertura de comissão processante para cassar o mandato do prefeito Daniel Alonso.
A denúncia foi apresentada pelo advogado Paulo Roberto Amador Júnior com três denúncias que envolvem confecção de faixas de promoção da administração, pagamentos fora da ordem cronológica e a eventual atuação do prefeito na gestão da Casa Sol, empresa da qual é dono e que administrou até sua eleição.
Apenas o vereador Danilo Bigeschi, o Danilo da Saúde, votou a favor da instalação da comissão. O vereador Marcos Rezende, presidente da Câmara, não votou. Outros 11 vereadores votaram contra, incluindo opositores do prefeito, como Luiz Eduardo Nardi e Marcos Custódio.
os dois foram os primeiros a usar o tempo de justificativa de voto. Custódio destacou que desde a eleição de 2016 esteve como adversário de Daniel Alonso mas que a denúncia trata de fatos que já foram alvo de investigação judicial, rejeitada.
Luiz Eduardo Nardi, que foi o autor da CPI da Carne Estragada, que provocou um processo de improbidade contra Daniel, lembrou pedidos de cassação apresentados na gestão do ex-prefeito Vinícius Camarinha e disse que iria manter a coerência.
“Votei contra como votei nessa, muitos votaram a favor na época e contra hoje”, disse o vereador. Nardi afirmou ainda que no caso específico dos pagamentos fora de ordem já produziu um levantamento que foi encaminhado ao Tribunal de Contas. “Acho que são matérias exauridas.”
Com o resultado o pedido de investigação e cassação foi arquivado.