O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo), com apoio da Polícia Militar e do 1º Batalhão de Polícia Militar de Choque (Rota), deflagrou, na manhã desta segunda-feira (14/9), a Operação Sharks para cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão contra lideranças da maior facção criminosa que age nos presídios e nas ruas do país.
As investigações, conduzidas por uma força-tarefa composta por oito promotores de Justiça e agentes de investigação do Gaeco e com apoio da PM, foram iniciadas no primeiro semestre de 2019, a partir do cruzamento de múltiplos dados, mirando integrantes dos principais escalões da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Os presos e os objetos apreendidos devem ser levados para a sede do Gaeco, no Centro da capital paulista, mas está prevista a transferência dos acusados para presídios de segurança máxima na região de Presidente Prudente ainda nesta segunda.
Um dos suspeitos teria entrado em confronto com a polícia no litoral e foi morto. Na casa em que foi feita a busca, em Praia Grande, teriam sido encontrados explosivos.
As provas colhidas revelaram que a cúpula da facção comanda sistemática que movimenta mais de R$ 100 milhões anualmente, quantia decorrente, primordialmente, do tráfico de drogas e da arrecadação de valores de seus integrantes, tudo com rigoroso controle em planilhas.
As investigações mostram ainda uma cadeia logística do tráfico de drogas da facção, bem como a sucessão entre suas principais lideranças à frente da fonte de maior renda da organização criminosa, indicando, ao final, a participação de 21 pessoas, algumas presas durante a apuração.