O CCI (Centro de Convivência Infantil) “O Castelinho”, mais conhecido como Creche da Famema, deve suspender o atendimento para até e cem crianças, filhos de funcionário da Famar (Fundação de Apoio à Faculdade de Medicina) que anunciou um corte de repasse para os serviços.
A medida foi anunciada pela direção da Famar na quinta-feira em encontro com representantes da Fumes e da Famema, autarquia de ensino que gerencia as faculdades de medicina e enfermagem.
A creche passará a atender apenas 18 crianças, filhos de funcionários da Fumes e Famema. Os prejudicados serão trabalhadores que a Famar contrata para o trabalho na assistência à saúde nas três unidades do Hospital das Clínicas e nos ambulatórios de saúde.
“O Castelinho” iniciou suas atividades com uma professora e 8 funcionárias. Atualmente tinha 30 colaboradoras. O corte de repasses da Fumar vai provocar remanejamento de 14 profissionais. Além da perda de estrutura, a mudança tira recursos da gestão diária dos serviços.
A Famar deve trocar o serviço pelo pagamento de um auxílio-creche equivalente a 5% do menor salário por mês e por filho. Representa R$ 62,93 por criança atualmente. O repasse para a creche representava R$ 7,7 mil por mês ou R$ 92,79 mil por ano. Como vai pagar o auxílio, a economia da Famema deve ficar em torno de 50% deste valor.
Uma das preocupações da Famar em manter o atendimento seria a forma técnica e legal de justificar gastos deste recurso com as verbas do SUS destinadas para atendimento em saúde. O auxílio-creche vai sair do mesmo orçamento, com a mudança técnica de encerrar os gastos com equipe da creche e ser repassada como adicional nos salários..
Criada em 1987, a creche surgiu como um dos principais projetos de atendimento aos trabalhadores da Fumes (Fundação Municipal de Ensino Superior), que foi responsável pelo suporte ao complexo Famema até a criação da Famar, em 2008. Havia lista de espera para vagas, um problema que se agrava.
Em um comunicado, a Famema informa que a suspensão dos repasses pela Famar atinge diretamente a remuneração de funcionários que atuam na creche.
O Giro Marília apurou que tanto a direção geral da Famema quanto da Fumes criticaram a medida e tentaram mudar a posição da Famar, que gerencia os recursos do SUS repassados ao Complexo.
“As Diretorias da FUMES e da Famema se solidarizam com todas as mães, em especial com as que perdem o espaço da Creche para os seus filhos”, diz o comunicado. Veja abaixo a mensagem divulgada pela Famema.