A Operação Sunset, deflagrada pelo Gaeco de Bauru nesta quarta-feira para investigar lavagem de dinheiro do jogo do bicho em Marília e região de Bauru apreendeu carros, celulares, dinheiro, armas de coleção e outros bens. Foram pelo menos oito veículos em Marília, além de algumas armas, celulares dos investigados, computadores e documentos.
Segundo balanço do Gaeco em toda a apreensão, que envolve mais cidades, foram apreendidos R$ 300 mil em cheques, pelo menos R$ 500 mil em dinheiro, veículos, diversos materiais relacionados ao jogo do bicho, computadores e celulares.
Duas famílias foram investigadas em Marília. Uma delas teve veículos de luxo e cheques apreendidos. O Giro apurou que teriam sido apreendidos cinco veículos seminovos: dois modelos Corolla, uma Hillux, um Jeep e um Honda Civic.
Segundo o advogado Ovídio Nunes Filho, que defende a família, são carros de uso pessoal e cheques de origem lícita que será comprovada no processo.
A outra apreensão na cidade envolve documentos, celulares, computadores e valores, o total não foi discriminado ainda. Estariam incluídos um veículo Creta, um Corolla e um Peugeot.
O advogado José Luiz Mansur Júnior, que representa a família, disse que não pode se manifestar sobre a defesa porque ainda não teve acesso aos documentos do caso.
A operação em Marilia recolheu ainda duas carabinas, uma espingarda e dois revólveres.
O Gaeco informou que foi determinado o sequestro de bens dos envolvidos avaliados em mais de R$ 10 milhões e bloqueio de imóveis e carros.
Além de Marília, envolve operações em Bauru, Pompéia, Tupã, Ibitinga, Agudos, Borborema, Duartina, Piratininga, Lins, Guarapuava, Itajobi, Itápolis, Piracicaba, Ribeirão Preto, Guarulhos, Matão, Ribeirão do Sul, Taquaritinga, Jaboticabal, Paraguaçu Paulista, Pereira Barreto, Teodoro Sampaio, Itaporanga e Maringá/PR.
Segundo as investigações, o primeiro grupo, que seria liderado por uma família de Bauru com atividades também em Ibitinga, é acusado de lavagem de dinheiro por meio de produções rurais dissimuladas, situadas nos estados de São Paulo e Mato Grosso, movimentando milhões de reais provenientes do jogo do bicho.
O MP acusa a existência de um segundo grupo, liderado por uma família de Marília, mantém diversas empresas suspeitas de operações dissimuladas além de propriedades rurais e holding patrimonial.
O terceiro grupo, que seria representado pela segunda família de Marília, é acusado de lavagem de dinheiro com formação de patrimônio imobiliário expressivo.