Quando paramos para fazer a tradicional reflexão de fim de ano, não tem como não pensar “Que ano foi esse???”
Coronavírus – Covid 19 – China – álcool gel – máscara – infectados – Curados e Mortos…
Lembro-me dos primeiros momentos na Praia desejando ano novo aos amigos que estavam comigo e todas a palavras positivas que envolvem o momento. Jamais pensaríamos que 2020 seria assim.
Parece quando descemos um barranco de chinelo, onde começamos os primeiros passos devagarinho e de repente vira aquele atropelo de passos até quase cairmos mas mantemos o equilíbrio no final.
Quanta família chorou e quanta coisa mudou, sapatos para fora da casa, extinção dos abraços e tudo aquilo que adentrou nossas vidas sem pedir licença e mudaram os hábitos.
Logo nos vimos dentro de casa e ir ao mercado se tornou um desafio e a saudade tomou conta dos sentimentos, dos avós, pais, irmãos, familiares e amigos…
O isolamento mexeu com a saúde mental de cada de um jeito, uns levaram de forma mais tranquila e outros simplesmente piraram… cada um reagiu de um jeito! Injusto é qualquer julgamento sobre como um indivíduo sai de uma pandemia…
Alguns já vinham com alguma dificuldade, seja ela saúde, saúde-mental, financeira e qualquer outra e o resultado é incalculável.
Em meio a tudo isso os chamados líderes políticos colocam seu Ego acima de qualquer decisão racional e saudável ao povo e pensam somente em seus bolsos e reeleições.
Qual a lição que vamos tirar de tudo isso? Existem milhões de teóricos jogando nas mídias as suas teses… porém na verdade somente o tempo nos dirá.
Aquela ideia inicial de “a epidemia vai nos ajudar a ser melhores” fracassou triunfalmente. Vi bons exemplos mas vi também um absurdo aumento de situações de intolerância, falta de empatia, de paciência, de controle.
Guardiões da verdade em todas as linhas de pensamento ditaram regras. Tome vacina, não tome vacina, tome cloroquina, não tome cloroquina, revolte-se, fique em casa. Pouco conteúdo e muita gente falando, pouca gente ouvindo e analisando
Eu aproveitei esta “bagunça” pra ser um Pai mais presente e pra me entender melhor e acho que consegui.
Aproveitei para valorizar e aprender em cada momento com meus pais e minha família. Com eles vivi momentos intensos de amor e apoio pelos quais nunca poderei agradecer de um jeito suficiente.
Infelizmente dia 31 levaremos a pandemia conosco para 2021, pois não sumirá como um truque de mágica. A intolerância e dificuldades em convivência serena também não.
Do ano de 2020 só nos resta uma pergunta: QUE ANO FOI ESSE???
Desejo um 2021 de muita sabedoria para nós brasileiros.