A região de Marília regrediu para a fase vermelha do Plano São Paulo de restrições às atividades econômicas como controle da epidemia de coronavírus. O anúncio foi feito no início da tarde desta sexta-feira pelo governo do Estado em uma reclassificação antecipada pelo aumento de internações e casos.As medidas valem a partir de segunda-feira.
Representa o fechamento do comércio em geral, shopping centers, academias, salões de beleza e barbearias e atividades esportivas. Também ficam vedados eventos e convenções, mesmo que com público sentado e em pequenos grupos.
A aplicação das medidas depende ainda de execução da prefeitura, que repetidas vezes tem contrariado o Plano São Paulo e enfrenta risco de medidas judiciais para obedecer as regras.
A classificação apresenta as regiões de Bauru, que estava na fase amarela, e Presidente Prudente na faixa laranja. Pelo menos 12 cidades da regional de Saúde em Marília vivem sobre influência econômica e de mobilização maior de Prudente, mas seguem a nova fase com mais restrições.
Marília ficou na fase amarela entre setembro e 8 de janeiro, quando regrediu para a fase laranja com previsão de nova reclassificação em fevereiro. Mas a medida acabou antecipada pela evolução dos casos.
A regressão foi provocada, como já era projetado, pelo aumento de internações e alto índice de ocupação em leitos de UTI. A região apresentou classificação laranja para evolução do número de casos, amarelo para internações e óbitos por grupos de cem mil habitantes e verde pela quantidade de leitos por moradores.
A região passa a ser a única do Estado na fase vermelha. Presidente Prudente, Registro, Sorocaba, Araçatuba, Bauru, Franca, Piracicaba, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Taubatéficam na faixa laranja, que permite comércio em geral, shopping centers, academias, restaurantes e pequenos eventos. Araraquara, Baixada Santista, Barretos, Campinas, Grande São Paulo e São João da Boa Vista ficam na fase amarela.
Foi a 18ª reclassificação do Plano São Paulo. O governador João Doria disse que é uma medida preventiva. Doria fez críticas ao governo federal pelo que chamou de negacionismo do presidente Jair Bolsonaro pela crise provocada pela falta de oxigênio que provocou mortes de pacientes no Amazonas. Anunciou envio de respiradores da USP para ajudar no atendimento de pacientes em Manaus.
Veja abaixo vídeo da apresentação dos dados e coletiva do governo.