A Famema (Faculdade de Medicina de Marília) completa nesta terça-feira, dia 19, 55 anos de atuação com grandes histórias, muitas crises, imbróglios judiciais e paciente espera para que o governo do Estado desengavete medidas como construção da sede própria, concurso, novos curso e reorganização.
O novo prédio – hoje a faculdade atua em imóveis alugados – é um projeto ousado que envolve construção em área de 12 mil metros quadrados cedida pelo Ministério do Planejamento.
A área fica na avenida Tiradentes, em terreno onde funcionou o IBC (Instituto Brasileiro do Café) e prevê a formação de Campus Universitário para graduação, pós-graduação e lançamento de um novo curso, como psicologia. Também deve abrigar biblioteca, laboratórios, anfiteatros, restaurante universitário, administração e estacionamento.
“Queremos concretizar o sonho de termos nosso Campus Universitário. Novos cursos também poderão ser implantados, como Psicologia e a Famema ainda poderá se tornar um Centro Universitário. Trabalhamos muito para isso”, disse o médico e professor Valdeir Fagundes de Queiroz, diretor geral.
O projeto de financiamento e abertura de processo para consturção começou a andar em 2020 e acabou suspenso na onda de cortes de investimentos com a epidemia de coronavírus. A mesma situação retardou ainda mais concursos esperados pela instituição para regularizar a situação de funcionários.
Criada em 1966, a Famema teve seu funcionamento autorizado no dia 30 de janeiro de 1967. Lei Municipal, de 22 de dezembro de 1966, constituiu a sua entidade mantenedora, a Fundação Municipal de Ensino Superior de Marília – FUMES. O curso de enfermagem foi criado em 1981.
Em 1994, a Famema passou a ser Autarquia de Ensino em Regime Especial do Governo do Estado de São Paulo, ligada diretamente à Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
Desde 1997, a Famema utiliza metodologias ativas de aprendizagem, pioneiras no País, que substituíram o método convencional em salas de aulas e inseriram os estudantes de Medicina e de Enfermagem, desde o primeiro ano, em unidades de saúde para o aprendizado na prática.
Na última edição do Enade (Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes), divulgada em outubro de 2020, os Cursos de Medicina e Enfermagem obtiveram nota 5, a máxima.
Até 2015 a Famema foi responsável pelo complexo de atendimento à saúde – Hospital das Clínicas de Marília Unidade I, o HC II (Hospital Materno Infantil), o HC III (Unidade São Francisco), Oncoclínica, Hemocentro, Ambulatório Médico de Especialidades Governador Mário Covas, Unidade Oftalmológica, Ambulatório de Saúde Mental e Centro de Reabilitação Lucy Montoro.
Naquele ano o Governo do Estado de São Paulo criou a Autarquia Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília – HCFAMEMA, que assumiu os serviços de saúde.
A Famema é ainda polo presencial da Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo) com cursos de Engenharia de Produção, Tecnólogo em Gestão Pública, Eixo de Licenciatura (Pedagogia, Letras e Matemática) e Eixo de Computação (Engenharia da Computação, Engenharia em Ciência de Dados e Bacharelado em Tecnologia da Informação).
HISTÓRIA
Desde a sua criação a FAMEMA formou 3.754 médicos e 1.142 enfermeiros. A primeira diretoria da Faculdade de Medicina de Marília assumiu no dia 27 de maio de 1967.
Teve como primeiro diretor, de forma interina, o professor José Querino Ribeiro, Diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Marília, hoje Unesp, substituído pelo médico Nelson Casadei com a nomeação de integrantes do quadro de professores da Famema.
Na mantenedora, a Fundação Municipal de Ensino Superior de Marília, Christiano Altenfelder Silva já havia sido nomeado presidente em 22 de janeiro de 1967, cargo que ocuparia até 08 de agosto de 1978.