Uma coletiva de imprensa com o governador João Doria e representantes do governo do Estado nesta quarta-feira descartou a antecipação de reclassificação de regiões na quarentena, pedida pela Prefeitura de Marília na terça, e criticou regras e até posicionamento de um promotor de Justiça em Bauru.
O secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, que recebeu o pedido de Marília, respondeu em nome do governo que a reclassificação será anunciada apenas no dia 5 de fevereiro para vigorar à partir do dia 8.
Vinholi recebeu na terça-feira uma comitiva de Marília e após o encontro o prefeito Daniel Alonso manifestou expectativa para reclassificação na próxima sexta-feira, dia 29. Disse que a região de Bauru tem a maior ocupação de leitos no Estado e que o caso será encaminhado para o Ministério Público do Estado.
Já as críticas sobre as regras publicadas pela Prefeitura de Bauru – que liberou bares, restaurantes, salões e outros setores não essenciais – e ao promotor foram feitas pelo coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19., João Gabbardo
“Nos sentimos agredidos pela fala do promotor. Caso confirme uma entrevista dizendo que o plano é enganoso e que estamos sendo negligentes demonstra absoluta ignorância no assunto e irresponsabilidade”, disse Gabbardo.
O coordenador apresentou comparação de dados entre os dias 22 e 26 de janeiro com apontamento de aumento do número de leitos de UTI e ainda assim aumento de ocupação das vagas e aumento de casos em Bauru e região.
“Gostaria de dizer para a prefeita e o promotor que esse aumento de casos logo ali adiante vai acarretar aumento de internações e vai aumentar óbitos.”
Gabbardo disse ainda que as sugestões do promotor para aumento de leitos e uso de mais respiradores é importante, mas que a solução depende de reduzir a transmissibilidade da doença.
“Nunca vi e não poderia esperar ver um promotor de saúde pública se posicionar como um promotor da doença.”