Marília

Bares, restaurantes e lojas devem abrir na segunda mesmo sem autorização

Protesto na quarta-feira reuniu manifestantes na porta do Ministério Público em Marília
Protesto na quarta-feira reuniu manifestantes na porta do Ministério Público em Marília

Proprietários de bares, restaurantes e lojas de Marília preparam a retomada das atividades a partir de segunda-feira independente de autorização oficial ou novas regras da prefeitura ou governo do Estado.

A medida já vinha sendo discutida durante a semana e ganhou força com fracasso de negociações em diferentes medidas de mobilização, encontros e até viagem para discutir alternativas legais de funcionamento.

A pressão e a onda de mensagens e informações de empresários nesta tarde provocou uma reunião da diretoria do Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes que terminou com um vídeo de apoio à categoria.


“A diretoria decidiu aguardar o posicionamento da prefeitura e Câmara, que deve ocorrer neste final de semana, e apoiar a reabertura incondicional do nosso setor e do comércio a partir de segunda-feira”, diz a mensagem.

O presidente do Sindicato, Sinval Gruppo, destacou que a retomada é uma questão de sobrevivência, especialmente para pequenos empresários, e que o setor não é culpado pela escalada da epidemia.

“A categoria não suporta mais…queremos e precisamos trabalhar, nós não somos culpados”, diz a mensagem.

O presidente da Acim (Associação Comercial e Industrial de Marília), Adriano Luiz Martins, deve fazer nesta sexta-feira um pronunciamento oficial mas antecipou ao Giro Marília que considera “desumano” fechar as empresas sem qualquer medida de suporte econômico.

“Na segunda-feira fizemos a reunião com a prefeitura, na terça-feira fomos ao Ministério Público, na quarta-feira fomos ao governo do Estado. Procuramos todos os setores responsáveis sem uma solução”, disse Adriano Martins.

O dirigente explicou que não se trata de uma manifestação da entidade. “O que entendo, como pai é que se tivesse que colocar comida na mesa do meu filho eu abriria. Vai ter problemas por abrir? Não há problema maior que não colocar comida na mesa”, afirmou.

O prefeito Daniel Alonso afirmou hoje que vai anunciar nesta sexta-feira (dia 29) a indicação para solução da crise provocada pelo fechamento das empresas como regra do Plano São Paulo de quarentena.

Segundo o prefeito, as alternativas da cidade envolvem reclassificação pelo governo do Estado ou a edição de uma lei emergencial. Há dois projetos de lei na Câmara da cidade prevendo a medida.

A aprovação dos projetos pode acontecer em sessão extraordinária no sábado ou domingo, caso o governo não reclassifique a região nesta sexta.

Veja o vídeo divulgado pelo Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes