Um balanço da Regional de Saúde de Marília mostra 86,62% de ocupação de leitos de UTI destinadas à atendimento de casos graves de Covid com riscos para a saúde e flexibilização de atividades.
Mais que isso, mostra um quadro de poucos leitos e concentração de vagas em Marília sem investimentos equilibrados em polos regionais. Sete dos 11 hospitais envolvidos no atendimento apontam 100% de ocupação no balanço divulgado na tarde da segunda-feira.
Marília e Assis, que respondem por pouco mais de 30% da população na região, oferecem quase 60% das vagas. São 142 leitos em toda a regional, que atende 62 municipios com aproximadamentre 1,1 milhão de habitantes.
HBU e Santa Casa de Marília apontavam 100% de uso dos leitos. O HC tinha 86,6%. A cidade oferece 60 leitos. Em Assis, havia 60% de ocupação no Hospital de Base e 70% na Santa Casa, com dez leitos cada.
Ourinhos, um centro com pouco mais de 110 mil habitantes – quase metade de Marília – tem dez leitos de UTI disponíveis para Covid. Tinha 100% de ocupação.
A região espera a instalação de 20 leitos de UTI, um procedimento que depende de instalações físicas e formação de equipes nos hospitais e pactuação no SUS, sem previsão de abertura das vagas nos próximos dias.
Os hospitais precisam oferecer a estrutura com equipamentos – respiradores, bombas de infusão, estrutura física – e equipes formadas para os vários turnos de atendimento. O Hospital das Clínicas de Marília e o Hospital Universitário estão indicados para estas novas vagas.
A lotação provoca riscos de esgotamento das vagas, transferências e prejuízos aos atendimento dos pacientes.
É também o principal motivo parta a repetida regressão da região nas avaliações do Plano São Paulo de flexibilização de atividades. Uma nova atualização do plano deve ser apresentada na sexta-feira.