Minha história na Unimar começou em um momento de reconsiderações profissionais e envolveu dúvidas quanto ao caminho adequado a ser seguido. Hoje os acertos sobre as decisões tomadas estão mais claros e as conquistas são sentidas, porém, à época, o imenso temor foi superado com apoio da família, além de um suporte essencial da universidade.
Recordo-me dos primeiros dias em sala de aula, em um momento da minha vida em que não pensava em retornar para uma cadeira de sala de aula (por 05 anos). Cito ainda o fato de minhas vivências profissionais prévias não se encaixarem (pelo menos sob meu ponto de vista) com a escolha pelo curso de enfermagem. O cenário não era mesmo nada promissor, porém, a necessidade de trilhar novos caminhos e o encanto com a recém descoberta profissão se encarregaram de tornar a jornada mais leve.
E é neste contexto que a universidade apresentou o já citado suporte, com professores magníficos que sedimentaram o amor pela carreira através do empenho com que ensinavam e pelas experiências que compartilhavam. Além do exemplo que nos davam. Meu eterno respeito e admiração por cada um deles.
Porém, no meio do caminho a minha falta de experiência com as atividades práticas da profissão trouxeram algumas dificuldades. Estas foram supridas por meio de uma excelente oportunidade de estagiar nas dependências do hospital, sendo este um período rico em âmbitos diversos. Conheci e me aproximei de profissionais incríveis e aprendi posturas e conceitos que carrego comigo até hoje.
Os tais cinco longos anos se passaram e foram paradoxalmente curtos. Fiz amigos, me tornei pai durante a época de provas (minhas notas nessa semana foram as piores de minha vida, mas foi pela melhor das causas!) e todo aprendizado me fez crescer de uma forma que me enche de orgulho. Ser escolhido pela turma como orador da formatura foi um presente que coroou um período muito especial em minha vida.
Orador da turma, Guilherme Garbelini estaca aprendizado
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Ao término do estágio, fui efetivado e assumi a assistência em uma enfermaria clínico-cirúrgica do hospital. Em seguida, o novo desafio foi ser inserido no ambiente da Terapia Intensiva. Fui abençoado com uma equipe especial em que conseguimos promover um trabalho com muitos resultados positivos. Neste momento realizei minha especialização na Unimar para me tornar Enfermeiro Intensivista e novamente me surpreendi com a qualidade dos conteúdos.
Conduzi também a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes-CIPA, tendo o cargo de presidente. Isso ampliou minha visão sobre a instituição.
Em seguida, tive a oportunidade de integrar a equipe do recém-criado Escritório de Qualidade do hospital. Lá, fui inserido em desafios e posições sem paralelos para mim, até então. Realizei cursos de atualização em Gestão de Qualidade e Segurança do Paciente e sobre a metodologia Lean Six Sigma.
O momento no Escritório de Qualidade foi essencial para aquele se seguiria: assumir a coordenação da equipe de enfermagem nas unidades que atendiam os pacientes acometidos pela Covid-19. Conduzir profissionais de contextos diversos para um mesmo fim e em um momento tão delicado se mostrou uma tarefa impossível caso não tivesse o apoio irrestrito de todas as equipes do hospital.
Assim posto, ao contrário do que havia imaginado, minhas vivências profissionais e formação anterior (Administração em Comércio Exterior e pós-graduação em Marketing) se integraram de uma forma inesperada para que pudesse desenvolver todas essas atividades com a qualidade requerida por alguém enfermo.
Atualmente, finalizo uma pós-graduação em Gerenciamento de Projetos – Práticas do Project Management Institute (PMI) e sinto gratidão e imensa alegria por todas as oportunidades que tive. Sentimentos que substituem, com louvor, os temores, dúvidas e ansiedades que tanto experimentei até esse momento da jornada.
