Pelo quarto jogo seguido, o Marília não venceu e nem sequer estufou as redes. O empate em 0 a 0 contra o Comercial, nesta quinta (20), no Abreuzão ainda colocou a classificação do Tigre à 2ª fase do Paulista da Série A3 sob risco.
O resultado derrubou o time da 5ª à 8ª posição – a pior na competição e última entre os classificados. Mesmo assim, o Tigre ainda pode garantir sua vaga se voltar a ganhar em um dos dois jogos que tem pela frente.
O problema é que o próximo é o clássico contra seu arquirrival Noroeste, sábado (22), no Abreuzão, às 17 horas. E o último também é um clássico regional, diante do Linense, na terça (25), em Lins (SP).
O JOGO
Marília e Comercial fizeram um início de jogo ‘estudado’ como se fiz no jargão do futebol. Enquanto o Tigre esboçava uma marcação alta, o Leão do Norte insinuava alguns contra-ataques. Lançamentos, faltas. Nada mais.
O Comercial quebrou a monotonia aos 16. Guilherme Pitbull desviou de cabeça após cobrança de falta pela direita. Cleber Alves se esticou para espalmar. O MAC, por sua vez, limitava-se a explorar a velocidade de Orlando Junior na ponta direita.
Melhor na partida, o Comercial chegou a abrir o placar com Rafael Tanque, aos 24, em chute da entrada da área. Mas, estava impedido, segundo a arbitragem. Os visitantes continuavam a distribuir a bola enquanto o Marília parecia querer se livrar dela.
A consequência foi um futebol ‘ping-pong’, truncado por meios-de-campo mais combativos que criativos. Aos 48, o ala-maqueano Danilo Baia entrou de carrinho e provocou um princípio de confusão. Jogadores saíram batendo boca no intervalo.
Aparentemente mais calmos, mas ainda tensos pela necessidade da vitória, Marília e Comercial voltaram do vestiário com o mesmo script: ao ritmo da ansiedade. Erros excessivos de passes, chutões. Coitada da bola.
A qualidade técnica do jogo era tão ruim que até uma troca de passes dos jogadores do Marília, por mais de um minuto, aos 10, foi o melhor que o time havia feito até então. Aos 13, Wendel conseguiu uma proeza para o alviceleste: chutou ao gol. Max Muralha defendeu.
Melhor no jogo, o Marília passou a arriscar mais. Aos 23, Calixto arriscou de fora da área e o goleiro espalmou de novo. Aos 34, em seu primeiro contra-ataque no jogo, o Marília parou de novo em Muralha em chute de Luiz Henrique.
Barrado nas jogadas pelas laterais, o MAC passou a ‘chuveirar’ na área do Comercial. Aos 38, Léo Couto até arriscou um gol olímpico. Muralha percebeu e espalmou. O Comercial, que estava na roda, quase surpreendeu aos 42 em chute de longe de Rafael Tanque. O goleiro maqueano, precavido, espalmou para fora. Aos 46, Calixto cruzou da esquerda e Joãozinho se atrapalhou e desperdiçou a finalização ao gol. Não era o dia.
O Comercial ainda teve a última bola do jogo em cobrança de falta pela direita. Mas, para fazer jus ao ‘espetáculo’, não aproveitou. E o zero a zero ficou de bom tamanho – pelo menos, no placar.
RODADA
Além de Marília 0 x 0 Comercial, os demais resultados da 13ª rodada foram Votuporanguense 1 x 0 Olimpia, Capivariano 2 x 1 Rio Preto, Primavera 1 x 0 Desportivo Brasil e Nacional 1 x 2 São José. Os demais jogos às 17 horas são Batatais 1 x 2 Noroeste, Linense 0 x 2 Barretos e Penapolense 1 x 1 Bandeirante.
CLASSIFICAÇÃO
1) Noroeste e Votuporanguense, 24; 3) Barretos, Linense e São José, 21; 6) Primavera, 20; 7) Nacional e Marília, 19; 9) Capivariano, 18: 10) Bandeirante, Comercial e Desportivo Brasil, 16; 13) Olimpia e Rio Preto, 13; 15) Batatais, 9; 16) Penapolense, 6 pontos.